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Carlos Robalo Cordeiro considera cargo na ERS «muito relevante» para a Pneumologia portuguesa

Carlos Robalo Cordeiro acabou de ser anunciado como próximo secretário-geral da Sociedade Europeia Respiratória, no congresso que decorre em Amesterdão, na Holanda. O especialista admitiu à Just News que ficou surpreendido com a sua eleição, mas garante que está preparado para este novo desafio, que se reveste de grande importância para a expressão da comunidade pneumológica portuguesa.

“Estou muito satisfeito. Além de ser gratificante a nível pessoal, acho que é muito relevante para a Pneumologia portuguesa e, seguramente, pode ser importante para a expressão da comunidade pneumológica nacional que agora também haja um português na Direção da Sociedade Europeia Respiratória, a mais importante sociedade no panorama internacional nesta área da Medicina”, sublinhou o pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Foi a primeira reação do médico ao resultado da disputa eleitoral que travou, este verão, com a checa Joanna Chorostowska e com o inglês Andrew Bush. Apesar de a votação da segunda volta ter terminado a 5 de agosto, o anúncio oficial do resultado apenas foi feito agora.

“Eu já me tinha sentido honrado por estar entre os candidatos nomeados. Depois fiquei surpreendido com as votações, porque os candidatos eram muito fortes”, confessou à Just News Carlos Robalo Cordeiro, lembrando que a médica checa é diretora do National Institute of Tuberculosis & Lung Diseases de Varsóvia, tem um índice de publicações muito elevado e já tinha feito parte do Comité Executivo da ERS.

Quanto a Andrew Bush, reconhece que “é uma figura destacada da Pneumologia europeia”, como médico e como professor do Imperial College de Londres. Frisa, ainda, que foi, até julho, o editor da revista Thorax, a segunda publicação mundial mais influente na área da medicina respiratória.



Carlos Robalo Cordeiro assume funções como secretário-geral eleito a partir de hoje, preparando-se para suceder a Giovanni Battista Migliori após o congresso de 2016, que será no Reino Unido, iniciando então o seu mandato de três anos. No entanto, a sua agenda já está bastante preenchida, tendo já sido convocado para dezenas de reuniões. A primeira ocorrerá amanhã, logo após o final do congresso. Será a reunião do Comité Executivo da ERS.

O cargo de secretário-geral está representado na orgânica da ERS a dois níveis. Faz parte do Comité Executivo, um órgão alargado que integra, entre outros, o presidente eleito e o cessante (past president), os representantes de cada uma das 11 assembleias científicas, os conselhos científicos da ciência e da educação, bem como o presidente da Fundação Europeia do Pulmão. Mas é no Management Group que o secretário-geral assume um papel mais central. Trata-se de um órgão operacional, que define a estratégia e a orientação da ERS.

Carlos Robalo Cordeiro estará no Management Group, sentado ao lado dos presidentes eleito e cessante, do tesoureiro e do diretor executivo. As reuniões são mensais e geralmente ocorrem em aeroportos com hotéis, ou, por vezes, sob a forma de teleconferência. Amesterdão deverá ser o aeroporto escolhido para estes meetings que se realizam durante todo o dia. “Como tem boas ligações, vou beneficiar do facto de poder ir e vir no próprio dia”, refere.

Admite, porém, que vai precisar de despender algum tempo e energia. “Claro que o nível de exigência e responsabilidade é maior, mas a ERS tem uma organização tão rigorosa que o trabalho fica muito facilitado.” Além disso, em novembro, haverá eleições para os órgãos diretivos da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Carlos Robalo Cordeiro ficará na presidência apenas até final do ano e depois cessará funções. Será, a partir de 2016, secretário-geral da ERS, continuando a sua atividade como médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

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