Centro Hospitalar Lisboa Norte: Carlos Martins vai continuar a «servir e a defender» a instituição
Carlos das Neves Martins vai continuar como presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), segundo Resolução do Conselho de Ministros, aprovada a 31 de março. Aquele órgão do CHLN integra também os vogais executivos Carlos Magno Fontes, Júlio Candeias Pedro, Maria Margarida Lucas (Direção Clínica) e Catarina dos Santos Batuca (Direção de Enfermagem), sendo que os três últimos foram reconduzidos nas suas funções.
Em declarações à Just News, Carlos das Neves Martins afirma considerar que “a importância que reside numa renomeação centra-se no conceito de estabilidade e de continuidade dos projetos, o que pode beneficiar e, em muito, trabalhos e projetos em curso, seja em que instituição for e sobretudo num centro hospitalar universitário com a dimensão do nosso”.
“Estou de novo presidente no CHLN, o maior e melhor centro hospitalar universitário do país e, como tal, honrarei os meus compromissos de missão pública, servindo e defendendo, em conjunto com os meus colegas do CA, esta extraordinária instituição, composta por dois hospitais que, em diferentes âmbitos, são referência da Medicina portuguesa, desde os primórdios do século passado”, afirma.
De acordo com Carlos das Neves Martins, o CA pretende dar continuidade a um conjunto de reestruturações físicas centradas, sobretudo, no Hospital de Santa Maria, com vista a uma reprogramação da capacidade instalada para o período de 2016 a 2020, por forma a garantir uma melhor acessibilidade aos serviços por parte dos utentes e mais ganhos de saúde para o SNS.
Está a trabalhar, ainda, de forma “coerente e integrada”, a requalificação operacional do Hospital de Pulido Valente. O objetivo é “diversificar o seu uso e devolver ao cidadão, em proximidade, a sua fruição integrada como mais um ativo do SNS”.
A reforma das infraestruturas será acompanhada de uma reestruturação organizacional dos departamentos e serviços clínicos, visando “adequar a sua capacidade de resposta, humana e tecnológica, aos novos processos assistenciais e desafios de inovação, aos centros de excelência recém-aprovados”, pautando a intervenção da instituição pela eficácia e otimização máxima dos recursos disponíveis.
Segundo o presidente do CA do CHLN, estes reajustamentos traduzem-se num conjunto de inovações e investimentos em áreas estratégicas, nomeadamente as novas tecnologias de informação, logística e a política do medicamento. O responsável frisa, ainda, o desejo de continuar a cultivar uma “política de transparência e de maior comunicação e inter-relação com a comunidade abrangente”.
Dar continuidade a uma política de cooperação e internacionalização
Outra das áreas estratégicas do CA centra-se na continuidade de uma política de cooperação e internacionalização, encetada em 2014: “Este ano ainda, assinaremos importantes protocolos e acordos externos, nomeadamente, com o Hospital Militar Principal (cidade de Luanda, Angola) e com o Hospital Central de Maputo (Moçambique), ambos unidades hospitalares universitárias.”
Adicionalmente, refere, “esperamos efetuar um balanço público desta inovadora política, articulada e muitas vezes complementar a acordos diplomáticos e, igualmente, um conjunto de afiliações e acordos desenvolvidos com vários hospitais de Portugal Continental e Ilhas, em que o CHLN se posiciona na qualidade de consultor e formador em diversas áreas, adequando as suas linhas de ação às necessidades prementes sentidas por cada instituição”.
Esta política estratégica será igualmente o instrumento de trabalho que o CA irá utilizar na dinamização do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), modelo organizacional reproduzido recentemente de Norte a Sul e em que o CHLN foi inovador em 2009.
“Iremos, beneficiando de novas sinergias, atrair futuramente investimento externo e quadros muito qualificados no âmbito de renovadas ou novas estratégias do CAML e/ou do recém-criado Conselho Nacional dos Centros Académicos”, adianta, acrescentando que é ainda objetivo dar continuidade, através do Centro de Investigação Clínica (CIC), à promoção, à inovação e à investigação, através da captação de fundos europeus, que permitam cativar e potenciar novos investigadores e novas áreas de investigação.
“Estamos a trabalhar, com os nossos parceiros da área do ensino e da investigação, para transformar em realidade outros projetos conjuntos, integrados no consórcio CAML, designadamente, criando um Centro de Bioimagem e um Centro de Simulação Avançada, ambos com gestão conjunta e partilha de serviços”, esclarece.
Capital humano é “o bem mais precioso”
Carlos das Neves Martins reforça que, num período particularmente difícil da vida do país, o CHLN teve uma evolução “bastante significativa” no desempenho dos indicadores da qualidade assistencial, bem como um aumento do índice de complexidade, sendo reconhecido por entidades externas e tornando-se uma referência em termos internacionais, o que espera “poder ampliar ao longo deste novo mandato”.
“Temos, de novo, uma missão complexa que iremos cumprir, valorizando o recurso mais precioso que possuímos enquanto centro hospitalar universitário: o nosso capital humano, a sua vontade de fazer melhor, o seu desprendimento pessoal em prol do utente e o seu espírito de missão pública de continuar a abraçar o desafio que é o SNS”, menciona.
“Com serenidade, determinação, coesão e transparência, saberemos, cada um e todos nós, encontrar os eixos estruturantes para mais sustentabilidade socioeconómica e melhores ganhos de saúde!”, conclui.