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CHEDV ultrapassa as 10 mil cirurgias no 1.º semestre

Os dados foram apresentados recentemente pelo Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV). Ao longo dos primeiros seis meses deste ano, foram efetuadas 10.032 intervenções cirúrgicas nas três unidades de saúde que compõem este centro hospitalar (hospitais de São Sebastião, de São João da Madeira e São Miguel), o que representa um aumento de 12% face ao mesmo período do ano passado.

O principal contributo para este resultado veio da cirurgia de ambulatório, que registou um aumento de 24% na sua produção, com um total de 5357 intervenções, números que não surpreendem Miguel Paiva, presidente do Conselho de Administração do CHEDV.



“Estamos bastante satisfeitos com a performance alcançada pelos nossos serviços”, admite o gestor. Em entrevista à Just News, que poderá ser lida no Hospital Público, revela que foram implementadas algumas iniciativas que deram forma a esta produção. Por outro lado, destaca "o importante contributo dos Serviços Cirúrgicos, da Anestesia e da Enfermagem".

"Garantir a plena utilização dos recursos"

“Em primeiro lugar, desenvolvemos uma estratégia de aproveitamento da Unidade de São João da Madeira, no âmbito da cirurgia de ambulatório. No último trimestre de 2016 passámos a ter ali uma utilização plena das salas de Bloco Operatório, o que permite ter atividade cirúrgica entre as 8h e as 20h. Dispomos agora de condições que permitem que os doentes possam fazer a pernoita para o dia seguinte”, conta Miguel Paiva.


Realização de uma cirurgia de vitrectomia no CHEDV.

Aquele responsável sublinha que esta alteração possibilitou, só em São João da Madeira, um crescimento de 37% na atividade cirúrgica de ambulatório. Por outro lado, lembra que foi criado um conjunto de regras de utilização de bloco e de otimização dos tempos cirúrgicos "de maneira a garantir a plena utilização dos recursos".

Medidas para resolver "problema de falta de camas”

 
“É com base neste conjunto de alterações que conseguimos alicerçar o aumento da atividade cirúrgica, que só não é maior porque ainda temos um problema de falta de camas”, admite o gestor. E, a esse propósito, explica que as taxas de ocupação do internamento, "sempre acima dos 90%, principalmente nas épocas de maior procura, têm obrigado a reduzir a atividade cirúrgica".

Assim, e quando estamos a poucos meses de nova época de pico nos serviços de Urgência, com a chegada do inverno, este é "um cenário que este ano se procura evitar".

Nesse sentido, adianta Miguel Paiva, “estamos a trabalhar num conjunto de medidas preventivas com o objetivo de evitar a quebra de produção cirúrgica que temos tido nos últimos anos, originada pela falta de camas".


Miguel Paiva e Elsa Soares, diretora clínica do CHEDV.

O presidente do Conselho de Administração do CHEDV assegura que cerca de quatro centenas de cirurgias terão sido adiadas por este motivo, "pelo que, se conseguirmos reduzir esse constrangimento a metade, não tenho dúvidas de que é possível fazer com que a produção cresça sem grande esforço".

Grupo Gestor do Bloco Operatório


A médica anestesiologista Elsa Soares, diretora clínica do CHEDV, tem participado nesta mudança na atividade cirúrgica e considera que um dos principais trunfos do sucesso que agora toma forma passa pela criação, desde há pouco mais de um ano, do Grupo Gestor do Bloco Operatório.

“Deixámos de ter um diretor do Bloco Operatório, até pela circunstância de possuirmos várias unidades, e criámos este Grupo Gestor, que inclui todos os diretores de serviço da área cirúrgica, a Direção Clínica, a vogal do CA e o enfermeiro-chefe do Bloco", explica a especialista.



Elsa Soares sublinha: "reunimos mensalmente e isso permite-nos fazer uma antecipação da programação em dois meses", acrescentando que este trabalho de equipa "permite rentabilizar recursos e tempos de atividade cirúrgica".

Evoluir no número de operações não é o único objetivo das três unidades que compõem o CHEDV. Elsa Soares salienta também as áreas em que a inovação tem feito o seu caminho, como no campo da Ortopedia. A especialista afirma orgulhosamente que a Unidade da Coluna realizou com sucesso várias discectomias lombares totalmente endoscópicas, "tornando-se assim o CHEDV o primeiro hospital público a realizar esta cirurgia".




A reportagem completa poderá ser lida no Hospital Público.

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