CHLN deu a conhecer «trabalho de excelência» na área da saúde da mulher e do recém-nascido
“O hospital não pode viver isolado, sem uma boa articulação com os cuidados de saúde primários, porque quem perde é a mulher e o filho”, considerou a enfermeira Ana Paula Fernandes, em declarações à Just News, a propósito das 1.as Jornadas de Enfermagem de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).
A reunião, subordinada ao tema “A saúde da mulher e do recém-nascido”, decorreu esta terça-feira e encheu a Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa. Ana Paula Fernandes salientou a importância do evento para dar a conhecer melhor, “a quem trabalha no hospital e nos cuidados de saúde primários, as experiências inovadoras que têm permitido a consolidação de um departamento nobre do CHLN”.
A enfermeira supervisora do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução Humana, que também é adjunta da enfermeira diretora do CHLN, admitiu que um dos segredos do sucesso das Jornadas terá estado, como defendeu, na ligação com os CSP.
“Não estou a referir-me apenas aos protocolos estabelecidos no âmbito da Unidade Coordenadora Funcional de Saúde Materna e Neonatal, mas também aos contactos informais, por telefone, após a nota de alta hospitalar”, esclareceu.
E relembrou que “essa interligação não acontece apenas com o ACES Lisboa Norte, mas também com o Alentejo e o Algarve, já que somos uma referência a nível nacional e até mesmo, é preciso lembrar, internacional”.
Nesta reunião foram apresentados vários projetos da equipa de Enfermagem do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução Humana do CHLN, como a visita à maternidade proporcionada às grávidas, o curso de parentalidade no hospital ou os trabalhos dos jovens enfermeiros.
Ana Paula Fernandes sublinhou que “têm surgido ideias simples, mas com forte impacto no bem-estar da mulher”, dando como exemplo “a utilização de bolas para minimizar as dores no trabalho de parto”.
Quem também enalteceu o trabalho da equipa foi Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração do CHLN, ao intervir na sessão de abertura. “Apesar de as condições não serem sempre as ideais, o vosso Departamento é conhecido pela excelência e pela qualidade”, disse.
E garantiu que, já em 2017, vão iniciar-se obras no espaço do Departamento cujo objetivo é só um: “Temos de ser capazes de definir uma década diferente em termos de atividade, primando pela excelência dos cuidados, pelo crescimento contínuo da formação, pelo apoio ao ensino e à investigação, pela inovação tecnológica e organizacional e pela promoção e prevenção da saúde.”
Na mesa da sessão de abertura, Catarina Batuca, enfermeira diretora do CHLN, também elogiou o trabalho do Departamento. “Estas Jornadas são o reflexo das competências dos enfermeiros e da sua resiliência que, mesmo em condições menos boas, conseguem ser promotores de cuidados de qualidade”, afirmou.
Calhaz Jorge, diretor do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução do CHLN, realçou, por sua vez, “o excelente corpo de Enfermagem que, apesar dos recursos humanos insuficientes, faz um ótimo trabalho”.
Na mesa esteve também Maria Isabel Vital, enfermeira-chefe do Bloco de Partos e responsável pela Comissão Organizadora do evento, que disse acreditar que “o futuro será, com certeza, sempre melhor”.
Para além dos muitos enfermeiros que assistiram às Jornadas, destacou-se a presença de Luís Graça, ex-diretor do Departamento e professor da FMUL, e de Sofia Rodrigues, da Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros.
Luís Graça, Calhaz Jorge e Ana Paula Fernandes.
Comissão científica: Ana Paula Fernandes e as enfermeiras chefe (da esquerda para a direita) Cláudia Milhinhos (Medicina Materno-Fetal), Ana Rosa Martins (Ginecologia), Isabel Vital (Bloco Partos) e Fátima Horta (Puérperas).
Ana Paula Fernandes, Carlos Martins e Catarina Batuca.