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Cigarros eletrónicos: um «mal menor»?

De acordo com Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), os cigarros eletrónicos podem ser utilizados nalguns casos para ajudar na cessação tabágica, mas não devem estar disponíveis para toda a população. "Cigarros electrónicos (ENDS): Mal menor?" foi um dos temas abordados no 16º Simpósio da Fundação.

Em declarações à Just News, Manuel Carrageta reconhece que existem várias ideias em torno destes cigarros que devem ser debatidas, mas pensa “que não devemos caminhar no sentido do fundamentalismo”. Este foi um dos temas do simpósio, que também se focou na importância do ómega-3 e do termalismo na prevenção e controlo das doenças cardiovasculares.

“Este ano optou-se por temáticas diferentes das mais habituais, mas que também são de grande relevância para profissionais de saúde e para o público em geral.” Nos últimos tempos, as pessoas ouvem cada vez mais falar do papel do ómega-3 e o presidente da FPC realçou que “se trata de ácidos gordos que ajudam no controlo das arritmias e das inflamações, além de serem anticoagulantes”. Na prática, “contribuem para a diminuição dos fatores de risco das doenças cardiovasculares”.

Quanto ao termalismo, Manuel Carrageta defende uma maior ajuda do Estado “para que mais pessoas possam optar pelas termas, melhorando a sua saúde cardiovascular e não só”. Apesar de nem sempre se associar as termas aos problemas do coração, “está confirmado que ajudam na diminuição dos fatores de risco”.

O evento contou com a presença de José Silva Cardoso, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que alertou, na sessão de abertura, para “o risco do sedentarismo que pode por em causa todo o trabalho de prevenção relativo ao tabagismo e ao controlo das dislipidemias, que contribuiu para uma diminuição das doenças cardiovasculares”. Realçou ainda a necessidade de “cada pessoa ser responsável pela sua saúde, passando-se da fase da informação para a mudança de comportamentos”.

Manuel Carvalho Rodrigues, em representação da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, também esteve presente no 16.º Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia, relembrando “a convergência com a FPC”, já que a hipertensão é um dos fatores a eliminar para se ter um coração saudável.

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