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Clínicos devem estar alerta para a infeção primária do VIH

“É fundamental despertar a sensibilidade dos clínicos no sentido de considerar a possibilidade de infeção VIH primária, em qualquer doente que reporte uma eventual exposição de risco (contacto sexual não protegido ou partilha de material injetável durante o consumo de substâncias ilícitas nas 2-4 semanas anteriores)”, alerta Ana Cláudia Miranda.

De acordo com a especialista, a infeção primária pelo VIH decorre durante um período de cerca de 12 semanas, desde o momento da inoculação (através da corrente sanguínea, mucosa vaginal, retal ou oral), até à disseminação hematogénea e estabelecimento indefinido do vírus em múltiplos tecidos e órgãos.

Segundo indica, esta é uma fase de intensa replicação vírica e de elevado risco de transmissão. “A replicação vírica descontrolada associa-se, na vasta maioria dos casos (~90%), ao desenvolvimento de um quadro clínico sintomático, mas inespecífico e autolimitado, muitas vezes negligenciado pelo doente e pelo médico – febre, astenia, adinamia, odinofagia, mialgias, cefaleia, exantema maculopapular e diarreia são alguns dos sintomas mais comuns.”

“Este é um momento único para o diagnóstico precoce da infeção, facilitando o acesso atempado aos cuidados de saúde especializados, minimizando o risco de degradação imunológica e de desenvolvimento de doença e reduzindo a probabilidade de transmissão a terceiros”, conclui.

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