Região Centro: Tele Via Verde do AVC é referência, «a nível europeu, de boas práticas assistenciais»

Na véspera do Dia Nacional do Doente com AVC, esta quinta-feira, José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), afirmou que “o programa Tele Via Verde do AVC, abordando um problema de saúde pública da maior transcendência no nosso país, agrega todos os hospitais da Região Centro e assume-se, a nível nacional e europeu, como referência de boas práticas assistenciais”.

Aquele responsável falava na cerimónia de abertura da reunião “TeleSaúde no AVC: do evento ao domicílio”, promovida pelo Centro Nacional de TeleSaúde e Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), em conjunto com o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (CMRRC-RP), na Tocha.



Assegurar a equidade no acesso, "otimizando resultados clínicos"

Na sessão, que decorreu nas instalações do CMRRC-RP, na Tocha, intervieram também Victor Lourenço, presidente do Conselho de Administração do CMRRC, Eduardo Castela, promotor da Telemedicina do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), e Henrique Martins, presidente do CA dos SPMS.

Segundo José Tereso, “ao assegurar o acesso das populações da região Centro, mesmo as mais distantes, aos cuidados de saúde mais diferenciados, o programa garante a equidade no acesso, otimizando resultados clínicos, mediante a intervenção na janela terapêutica de efetividade”. Ou, numa frase: “Torna o SNS mais próximo do cidadão e o cidadão mais próximo do SNS, otimizando e concorrendo para ganhos assistenciais em saúde.”



Eduardo Castela, Henrique Martins e José Tereso.

O programa Tele Via Verde do AVC, coordenado pelo Serviço de Neurologia do CHUC, dirigido por Luís Cunha, teve início em março de 2015. Além do CHUC e do CMRRC-RP (que permite o acesso a fisioterapia a doentes que sofreram um AVC que reúnam os critérios clínicos para beneficiarem de um programa de reabilitação em internamento), o programa inclui o Hospital Distrital da Figueira da Foz, o Centro Hospitalar de Leiria, o CH do Baixo Vouga, o CH Tondela-Viseu, a Unidade Local de Saúde da Guarda, o CH da Cova da Beira e a ULS de Castelo Branco.

 

Programa "articula-se complementarmente com outras especialidades"

José Tereso frisou ainda que “este programa não é exclusivo de uma especialidade ou valência hospitalar, articulando-se complementarmente com outras especialidades médicas ou cirúrgicas, diagnósticas ou terapêuticas imprescindíveis ao outcome clínico, como, por exemplo, a Neurorradiologia ou a Neurocirurgia”.



De acordo com o presidente da ARSC, dois anos depois do início do programa, atualmente, “um dos objetivos é o transporte acompanhado do doente à entidade hospitalar que o referenciou, uma vez assistido numa unidade de AVC mais diferenciada. “Decorridos dois anos de uma parceria que resultou da adesão espontânea das partes integrantes, encontramo-nos numa etapa de consolidação e aprimoramento das competências clínicas”, disse.

SPMS assegura ter capacidade para responder às expectativas


Intervenção de Victor Lourenço.

Ao intervir, o presidente do CA do CMRRC-RP, instituição que, em 2016, foi distinguida com o prémio “Boas Práticas em Telemedicina”, referiu que o CMRRC-RP quer estender o serviço de Teleconsulta a outros hospitais (dentro e fora da região Centro). Para tal, disse Victor Lourenço, “é fulcral o alargamento da capacidade instalada em mais 64 camas”, projeto que aguarda decisão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro, num processo de Candidatura aos Fundos Comunitários.

Já Eduardo Castela, promotor da Telemedicina do CHUC, afirmou estar muito satisfeito com a dinâmica que a tutela “finalmente” imprimiu à Telemedicina, recordando que esta ferramenta começou a ser utilizada em Coimbra em 1995, no antigo Hospital Pediátrico.

Por seu lado, Henrique Martins adiantou que a SPMS dispõe de 1200 novas câmaras e webphones, afirmando: “Vamos ter capacidade de responder às vossas expectativas, assim nos enviem e-mails a solicitar apoio.”

Depois da cerimónia de abertura, teve lugar uma sessão intitulada “Via Verde do AVC”, sendo um dos palestrantes Fernando Gomes da Costa, coordenador regional da ARSC. Aquele responsável lembrou como começou o programa Tele Via Verde AVC, referindo que, ao fim de 12 meses, já se realizavam mais de 30 consultas por mês, e fez um balanço positivo dos dois anos em que está a funcionar.

Principais impulsionadores da reunião: José Tereso, Paula Amorim, Henrique Martins, Victor Lourenço, Graça Telo Gonçalves, Abel Cavaco e Micaela Monteiro.



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