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Combate às infeções em Ginecologia e Obstetrícia: «Vamos melhorar bastante»

As novidades são tantas no campo das infeções em Ginecologia e Obstetrícia que obrigarão os especialistas “a repensar quase tudo o que tem sido feito”. Essa é, pelo menos, a convicção de Pedro Vieira Baptista, que garantiu à Just News que, neste momento, “temos um grande caminho para percorrer”.

O ginecologista/obstetra do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) é muito claro: “Penso que chegámos ao ponto em que saímos daquela fase em que achávamos que tínhamos as coisas perfeitamente definidas.”


José Martinez de Oliveira, Ana Palmeira de Oliveira e Pedro Vieira Baptista

Para Pedro Vieira Baptista, esta acaba por ser a grande conclusão a retirar no final do 3.º Congresso ISIDOG (International Society for Infectious Diseases in Obstetrics and Gynaecology), que se realizou no início de novembro, na cidade do Porto.

Aquele médico integrou, aliás, a Comissão Organizadora do evento, juntamente com Ana Palmeira de Oliveira, da Universidade da Beira Interior, e o próprio presidente daquela sociedade, Gilbert GG Donders, sob a coordenação de José Martinez de Oliveira, da Universidade da Beira Interior.



A ISIDOG foi oficialmente criada em outubro de 2016, agregando médicos e cientistas particularmente interessados em doenças infeciosas em Obstetrícia e Ginecologia, por ocasião do seu primeiro congresso, realizado em Riga, capital da Letónia.

Para além da Letónia, outros países tiveram representantes seus no grupo de fundadores desta sociedade: Bélgica, Reino Unido, Suíça, Hungria, Áustria, França, Holanda e Portugal, através de Pedro Vieira Baptista, que integra a Direção da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

Este foi o segundo evento internacional na mesma área organizado em Portugal em 2019. Com efeito, alguns meses antes, em fevereiro, e também no Porto, Pedro Vieira Baptista esteve envolvido na realização do I Curso Europeu da International Society for the Study of Vulvovaginal Disease (ISSVD), entidade de que é, aliás, secretário-geral.



Médicos internos: "É em quem nós mais temos de investir"

“É uma grande honra podermos promover eventos deste género em Portugal, sendo assim uma maneira de facilitar a participação nos mesmos de colegas que, por razões diversas, a eles não teriam acesso se acontecessem no estrangeiro”, afirma à Just News o especialista do CHUSJ, que sublinha ainda a importância de “proporcionar esta formação em especial aos nossos internos, que é em quem nós mais temos de investir”.



Com perto de 200 participantes, “um número que superou as nossas melhores expectativas”, o 3.º Congresso da ISIDOG contou com a presença de alguns especialistas em doenças infeciosas, mas a maioria era, naturalmente, da área da Ginecologia/Obstetrícia.

Em termos de palestrantes, Pedro Vieira Baptista destaca a vinda do norte-americano Jack Sobel, professor da Wayne State University School of Medicine, “referência mundial ao nível das infeções vulvovaginais”.


Comissão Organizadora com colegas brasileiros

"Vamos conseguir melhorar bastante no combate às infeções"

Relativamente às temáticas abordadas durante a reunião, o médico diz que se “falou muito do papel dos probióticos, de novos tratamentos no campo dos antifúngicos, ou da infeção no parto pré-termo”. Mas também de algo que constitui uma novidade: o transplante de flora vaginal.

“Há imensas oportunidades novas, muitos campos de estudo que se estão a abrir. Temos que investigar, mas vamos de certeza conseguir melhorar bastante, nos próximos anos, no combate às infeções em Ginecologia e Obstetrícia", garante Pedro Vieira Baptista.

E acrescenta: "Até porque também dispomos, atualmente, de novas técnicas de diagnóstico. Estamos num ponto de viragem."




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