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Conferência Internacional sobre Papilomavírus reúne especialistas em Lisboa

Entre os dias 17 e 21 de setembro realiza-se, no Centro de Congressos de Lisboa, a 30ª Conferência Internacional de Papilomavírus. De acordo com Maria Clara Bicho, copresidente da Comissão Organizadora, juntamente com Rui Medeiros, a iniciativa visa promover "a globalização dos conhecimentos sobre o HPV, quer em termos geográficos, quer anatómicos (colo do útero, vagina, vulva, pele, ânus, boca, orofaringe, pénis, etc.) e a translação dos conhecimentos, bem como a sua aplicação clínica (prevenção primária e secundária)".

A especialista em Ginecologia Oncológica e em patologias associadas ao Vírus do Papiloma Humano (HPV) refere que o público-alvo do evento são os investigadores, clínicos e outros profissionais de saúde que "pretendam aprender e trocar experiências – acabando também por ensinar – com outros especialistas nacionais e internacionais".

Prevenir "as maiores complicações do HPV"

A conferência conta ainda com a participação dos países de baixos recursos na prevenção, "no estímulo para a Investigação Básica/Epidemiológica e Clínica e na área das novas terapêuticas baseadas em recursos locais". Para Maria Clara Bicho, esta participação "é fundamental num evento onde também se pretende debater questões tão importantes como a globalização e as novas propostas para reduzir as desigualdades no acesso à saúde, como forma de prevenir as maiores complicações do HPV".

Em artigo publicado na edição de julho do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários, Maria Clara Bicho, membro fundadora da Sociedade Portuguesa de Papillomavirus, explica que, "inevitavelmente, vão estar em cima da mesa os mais recentes avanços na investigação nas Ciências Básicas, assim como nas políticas de Saúde Pública, fulcrais na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de um problema de saúde que pode ser prevenido desde muito cedo, salvando milhares de vidas e melhorando a qualidade de vida daqueles a quem foi detetado o HPV".

A responsável refere ainda outras temáticas "que não podem deixar de merecer a nossa atenção: epidemiologia do HPV, a biologia molecular, as estratégias para que se possa apostar mais na investigação, as vacinas, a imunologia e a patogénese do HPV e partilha global de conhecimento, que chegue, de facto, a todos os países".



Médicos de família: "os pilares do sistema de saúde"

A copresidente do 30th International Papillomavirus Conference & Clinical Workshops (HPV2015) realça também o papel dos médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF), que considera serem "os pilares do sistema de saúde de um povo, pois, encontram-se na base da pirâmide". E afirma que, sendo "a prevenção primária do seu foro (vacinas, rastreios, entre outros)", quando o médico de MGF tem "resultados anómalos das citologias (colo do útero), após o controlo do ecossistema vaginal (tratamentos de infeções), e se as alterações citológicas se mantêm, dever-se-á enviar o doente para o especialista".

Para mais informações: http://www.hpv2015.org

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