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Congresso de Senologia de «grande qualidade» reuniu 500 participantes em Cascais

Sessões lotadas, cursos muito participados e preletores reconhecidos internacionalmente garantiram, segundo José Luís Passos Coelho, que termina agora o seu mandato como presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia, um congresso de "grande qualidade". O evento, que decorreu em Cascais, contou com cerca de meio milhar de participantes.

José Luís Passos Coelho, diretor do Departamento de Oncologia do Hospital Beatriz Ângelo, sublinhou que uma das preocupações fundamentais deste IX Congresso Nacional de Senologia foi “selecionar os temas que dominam a atualidade científica, incluindo aqueles que podem suscitar controvérsia, por forma a gerar debate entre os especialistas”.

Clínicos, investigadores e preletores com reconhecido mérito estiveram envolvidos em conferências, mesas-redondas e palestras. “A sala esteve praticamente sempre lotada. O congresso foi muito positivo, teve grande qualidade, o que me deixou muito satisfeito”, sublinhou.



Também os cursos pré-congresso contaram com um elevado número de inscrições. “ABC da Senologia” e “A Senologia para técnicos de saúde” foram os mais procurados, excedendo o número máximo de participantes inicialmente definido. Houve ainda outros dois cursos, subordinados aos temas “Métodos laboratoriais em Oncologia” e “Toxicidade das terapêuticas adjuvantes no tratamento do cancro da mama”.

A conferência de abertura esteve a cargo do especialista alemão Carsten Denkert, patologista e chefe do Cancer Research Group Translational, no Instituto de Patologia da Universidade Charité, de Berlim, que falou sobre o impacto de linfócitos infiltrantes no cancro da mama, conhecidos como TIL. “Carsten Denkert trabalha numa área que gera hoje grande entusiasmo científico que é a da resposta imune aos tumores”, explicou.

A cerca de três meses de deixar o cargo – passará o testemunho a José Luís Sá, ginecologista do IPO de Coimbra –, José Luís Passos Coelho faz um balanço positivo do mandato e enaltece o espírito de colaboração da equipa que o apoiou.

“Trata-se de um trabalho colegial, não é apenas meu. Procurámos, e acho que conseguimos, defender o papel da SPS na comunidade científica e na sociedade portuguesa, o que nem sempre é fácil. Hoje em dia, as pessoas têm solicitações e compromissos da sua atividade clínica diária que limitam muito a disponibilidade de tempo para o trabalho extra que atividades como a realização deste congresso implicam”.

Ainda assim, relembra, que foram realizadas duas reuniões científicas muito produtivas: “Organizámos, em 2013, as nossas jornadas da Sociedade Portuguesa de Senologia, em Lamego, relacionadas com um tema condutor fundamental no tratamento do cancro da mama que é o problema da axila, local importante de tratamento e de morbilidade associada ao cancro da mama.”

No ano passado, a SPS optou por fundir num único evento as jornadas anuais com a reunião nacional de consensos sobre diagnóstico e tratamento do cancro da mama, que ocorre de três em três anos e que foi criada originalmente por Carlos Oliveira, anterior presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia.

“Em paralelo, organizámos uma mesa-redonda sobre formação, na qual pedimos aos recém-especialistas das várias áreas relacionadas com o cancro da mama que fizessem uma análise crítica daquilo que foi a sua formação como internos dos respetivos internatos complementares e sugerissem alterações ao currículo existente”, rematou.

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