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Consultas para jovens, onde não entram os pais

Os adolescentes não têm o hábito de frequentar os cuidados de saúde primários e os profissionais de Medicina Geral e Familiar necessitam adquirir competências para comunicar com os jovens. Quem o defende é Luís Rebelo, coordenador da USF Parque, que fala à margem das 3.ª Jornadas da USF Parque – Adolescentes, Saúde e Doença.

Excetuando os problemas mais agudos, como os respiratórios e as lesões, os adolescentes resistem em deslocar-se ao médico de família. É a fase da independência e é preciso encontrar estratégias que permitam aos jovens sentir confiança no seu médico. “É necessário criar condições para visitarem o centro de saúde sem a presença dos pais. É uma forma de poderem falar daquilo que sentem e tirar as dúvidas”, refere à Just News Luís Rebelo.

As estratégias a adotar devem ter em conta as necessidades destas idades, que passam pela sexualidade, mas também por problemas mentais e pelo consumo de substâncias aditivas. “Estamos a falar do tabaco, do álcool que é consumido cada vez mais cedo, de diversas drogas e ainda da dependência da tecnologia”, acrescenta o responsável da USF Parque.

A formação é essencial e, com estas jornadas, pretendeu-se que todos os profissionais pudessem aprender mais sobre “a forma como se fala com os adolescentes durante as consultas”.

A USF Parque quer apostar na formação, mas também na informação. “Organizamos várias Semanas Preventivas, sempre dedicadas a determinada temática. No final do ano passado, por exemplo, escolhemos o tema “Sexualidade” e, entre as várias atividades, fizemos um teatro-debate”.

No próximo ano, em outubro, irão realizar-se as 4.ª Jornadas da USF Parque e já se sabe qual vai ser o tema central: “Família, Saúde e Doença”. ”Espero que venham a ter o mesmo sucesso que as deste ano, nas quais se registou um número superior de inscrições face às vagas existentes”.

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