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Coração e sexo: tudo o que um clínico necessita saber

As doenças cardiovasculares e as disfunções sexuais tendem a aumentar com a idade. Nesse sentido, “é preciso apostar mais na formação dos profissionais de saúde, para que possam dar a ajuda necessária aos doentes”, refere Carlos Rabaçal, diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Vila Franca de Xira.

No âmbito da 30ª edição das Jornadas de Cardiologia, HTA e Diabetes de Almada, que está a decorrer entre os dias 15 e 17 de janeiro, o responsável abordou, numa sessão sobre “Coração e Sexo: tudo o que um clínico necessita saber”, as várias questões que se colocam quando se fala sobre as doenças cardiovasculares e a vida sexual.

Carlos Rabaçal pretendeu deixar a mensagem que a vida sexual é possível, apesar da doença cardiovascular, desde que haja o acompanhamento correto e atempado dos problemas existentes. “Com o avançar da idade, tanto as patologias cardiovasculares como as disfunções sexuais tendem a aumentar, logo os clínicos devem estar atentos”, referiu.

E continuou: “A maioria dos clínicos, de Medicina Geral e Familiar e Cardiologia, nomeadamente, não têm a formação mais adequada e apropriada para saberem lidar com esta relação entre coração e sexo.”  Uma realidade que tem de mudar, no seu entender, e que deve assim implicar “uma ajuda por parte dos colegas que se interessam por esta área e que podem dar o seu contributo em termos formativos”.

“Esta ajuda é fundamental, porque nos inquéritos realizados aos doentes eles salientam a falta de apoio na esfera sexual.” Uma situação que se deve à falta de formação, mas também a alguns preconceitos da classe médica e, inclusive, dos pacientes. “Pode acontecer que o médico não fale do tema, mas o mesmo acontece com o utente, principalmente em certas faixas etárias.”

Um dos temas em destaque na apresentação de Carlos Rabaçal foi a relação existente entre a disfunção erétil e a doença aterosclerótica. Trata-se de um problema sexual comum, com um bom suporte terapêutico e que pode ser corrigido.

“Neste caso, há também a ter em conta se a disfunção erétil é um sinal premonitório de um possível enfarte agudo do miocárdio (EAM) ou até de morte súbita.”

Outras questões abordadas por Carlos Rabaçal foi o esforço exigido na atividade sexual e se o sexo pode ser perigoso. “Abordei sobretudo as questões que considero serem essenciais para qualquer clínico.” A palestra começou com uma pequena introdução, “irónica”, sobre a importância do sexo ao longo da vida do ser humano.

O objetivo principal foi, de facto, alertar todos os profissionais de saúde, independentemente da sua especialidade, para a importância de se falar sobre sexo e coração e de ter isto presente na prática clínica do dia-a-dia.

“Se o médico se mostrar disponível para falar sobre tudo o que esteja relacionado com a sexualidade, o doente vai sentir-se apoiado e vai perceber que é importante queixar-se de dificuldades que possa ter na sua vida sexual. Só assim será possível equacionar, no respeito pelas particularidades do doente, a melhor terapêutica para as suas queixas. É o caso da disfunção erétil e do papel crucial de fármacos como o avanafil que, promovendo a satisfação sexual, melhoram também a qualidade de vida.”


Podem ser já consultadas várias fotos dos dois primeiros dias das 30as Jornadas de Cardiologia, HTA e Diabetes de Almada AQUI.

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