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A criação de valor da Indústria Farmacêutica «é raramente avaliada pelos benefícios produzidos»

O papel da indústria farmacêutica (IF) na promoção da qualidade de vida da população nem sempre é valorizado, segundo João Gomes Esteves, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Apifarma.

O responsável, na sessão de abertura do Congresso Apifarma 2018, alertou para a criação de valor da IF que é “com frequência negligenciada e raramente avaliada pelos benefícios produzidos”. O evento teve como tema “Compromisso com as pessoas – Mais e melhor vida” e decorreu na última terça-feira, em Lisboa. 




Perante os vários participantes, João Gomes Esteves começou por realçar que “é tempo da IF fazer ouvir a sua voz, explicar o que faz e como o faz; é tempo de relatar o seu trabalho em matéria de pesquisa e desenvolvimento, opondo-se aos pseudofactos que rodeiam a sua atividade”.

O responsável sublinhou ainda o papel da IF junto da população. “Existe abundante evidência de que a inovação tecnológica contribui para a longevidade, produtividade e disseminação de conhecimento científico.”



Acrescentou ainda que a IF tem um papel importante “nos anos de vida saudável, no aumento da esperança e da qualidade de vida, na poupança dos sistemas de saúde e da Segurança Social e na produtividade e crescimento económico”.



João Gomes Esteves recordou também que a IF é chamada com frequência para a “gestão conjuntural de características iminentemente financeiras”, quer sejam “dívidas, preços ou contribuições para orçamentos minguados, quando o esforço da IF deveria estar direcionado para o desenvolvimento do nosso compromisso com as pessoas, para que tenham mais e melhor vida”.

Para o presidente da Mesa da Assembleia Geral da Apifarma, o impacto da IF sente-se cada vez mais face à realidade atual. “As doenças crónicas representam cerca de 60% das mortes e cerca de 80% da despesa em saúde.”



Na sessão de abertura também interveio Francisco Ramos, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, em representação da ministra da Saúde. Começou por reconhecer que a IF é um dos “parceiros da Saúde” no desenvolvimento de soluções para os desafios do setor.

Apontou, contudo, que a inovação no setor farmacêutico deve ter em conta as limitações existentes na sociedade. “Num período em que a inovação terapêutica representa um período de desenvolvimento sem precedentes, os novos medicamentos podem constituir um desafio à sustentabilidade do sistema, por isso é preciso encontrar um equilíbrio”, defendeu.



Continuando, o responsável governamental mencionou que é “necessário adaptar os investimentos associados à inovação e promover o que realmente proporciona valor”. Numa sociedade com recursos limitados, Francisco Ramos realçou que é preciso garantir “resultados efetivos através de modelos de partilha de risco”, sendo-se inovadores também nos modelos de gestão.

Relembrando a aposta de Portugal na aprovação de novos medicamentos, o secretário salientou ainda a relevância de se manter os normativos de fixação de preços. “O interesse público tem de prevalecer nesta matéria.”



Entre os vários nomes de relevo que marcaram presença no Congresso, esteve o ex-presidente da República Jorge Sampaio, que proferiu uma conferência sobre “A Inovação em Saúde. Compromisso com as Pessoas”.


Podem ser consultadas mais fotos do Congresso Apifarma 2018 na Galeria de imagens.


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