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Desafios da Medicina Interna mantêm-se fora dos grandes centros

Os desafios da Medicina Interna mantêm-se fora das grandes cidades, apesar da integração dos hospitais distritais em centros hospitalares, considera Américo Rui Couto, presidente do Núcleo Nacional de Medicina Interna dos Hospitais Distritais. O responsável esteve presente no evento que juntou a XXI Reunião Nacional do NMIHD e as XXI Jornadas de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Setúbal.

“A Medicina Interna é o núcleo central das unidades hospitalares, permitindo ver o doente num todo e trabalhando em complementaridade com as outras especialidades”, referiu Américo Rui Couto à Just News, acrescentando que, “a nível distrital, é essencial ter-se um núcleo de internistas para dar apoio a outras especialidades, como já acontece, por exemplo, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures”.

O presidente do evento e diretor do Serviço de Medicina Interna do CHS, Prado Lacerda, também concorda com o papel fundamental da Medicina Interna. “É o maestro que trabalha em complementaridade com outras especialidades para criar uma sinfonia. A orquestra pode ter bons músicos, mas sem maestro é uma disfonia e o maestro sozinho não faz nada”, referiu à Just News.

Este responsável considera que o avanço das novas tecnologias em saúde “deixou os doentes órfãos, porque estes não são apenas um conjunto de órgãos, mas uma pessoa com corpo e espírito”.

Prado Lacerda acredita que a junção com a XXI Reunião do NMIHD foi uma mais-valia para as jornadas. “Foi com agrado que recebemos o convite para juntarmos as duas iniciativas que, por coincidência, estão na XXI edição. Trata-se de uma forma de poupar custos, mas também de reunir profissionais do Norte a Sul do país.”

Os 380 participantes puderam assistir a várias palestras sobre variadas temáticas como: diabetes, doenças autoimunes, oncologia, trombose arterial e venosa clínica e terapêutica, vias verdes e limites e fronteiras da Medicina Interna.

No final, o balanço era positivo. “Face à atual conjuntura de crise, receei que tivéssemos menos inscrições e menos apoio por parte da indústria farmacêutica. Além disso, há a salientar a grande qualidade das várias intervenções ao longo das jornadas”, concluiu Prado Lacerda.

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