GRESP apoia médicos de família na aquisição de mais conhecimentos sobre doenças infeciosas respiratórias

“As doenças infeciosas respiratórias são muito prevalentes, condicionando grande morbilidade, maioritariamente de curta duração, mas também mortalidade.” As palavras de José Augusto Simões, membro do Grupo de Estudo de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), surgem no âmbito do Curso de Doenças Infeciosas Respiratórias que o GRESP organizou para a Escola de Medicina Familiar - Outono 2016 da APMGF.



O médico de família da USF Marquês de Marialva, que foi um dos elementos da Coordenação Científica deste curso, que decorreu na Consolação (Peniche), frisa que, em Portugal, como no resto do mundo, as doenças infeciosas respiratórias são frequentes na prática clínica da Medicina Geral e Familiar (MGF), ocupando uma “considerável fração do tempo dos médicos de família”.

De acordo com o também professor auxiliar convidado da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e assistente convidado de MGF da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é a quinta causa de morte a nível mundial.

“Em Portugal, a PAC foi responsável por 3,7% do total de internamentos de adultos em instituições do Serviço Nacional de Saúde entre 2000 e 2009. A cada dia foram internadas 81 pessoas e 16 acabaram por morrer, tendo sido de 27,8/100.000 habitantes a taxa de mortalidade. Em Portugal, ela é mais do dobro da mortalidade da média europeia”, aponta.



A escolha dos temas a abordar neste curso, que teve como participantes médicos de família e internos de MGF, recaiu nas doenças infeciosas, a nível das vias aéreas superior e inferior, que o GRESP considerou mais frequentes em MGF, ou seja, a otite e a rinossinusite, a faringite, a amigdalite, a bronquiolite e as pneumonias.

Mas, segundo José Augusto Simões, para o médico de família ser capaz de fazer o diagnóstico, o tratamento, o seguimento e acompanhamento da maior parte dos doentes com doenças infeciosas respiratórias e saber quando referenciar, também foi necessário introduzir outros temas, como princípios de antibioterapia, imagiologia das vias aéreas superior e inferior e vacinação.

Também se considerou pertinente falar de tuberculose, “face à sua prevalência em algumas regiões e grupos populacionais do país”.



José Augusto Simões relata que os participantes puderam conhecer as orientações diagnósticas e terapêuticas das principais doenças infeciosas a nível das vias aéreas superior e inferior. Além disso, tiveram oportunidade de aperfeiçoar as suas capacidades de diagnóstico, de monitorização das doenças e de seleção das opções terapêuticas adequadas a cada uma das doenças infeciosas respiratórias.

Este curso permitiu ainda aos participantes melhorar as suas competências, no sentido de fomentar a capacitação do doente e da família em relação ao autocuidado da doença e serem capazes de integrar as doenças infeciosas respiratórias, de um modo sistémico, no contexto do doente e da família.




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