KRKA

Doenças neurológicas no feminino devem ser abordadas de forma diferente

“O género é um dos aspetos essenciais a ter em conta no tratamento de problemas neurológicos, porque o cérebro da mulher é diferente.” As palavras são de Raquel Gil-Gouveia, neurologista responsável pelo Centro de Cefaleias do Hospital da Luz e do Curso “A Neurologia no Feminino”, que decorreu nesta unidade hospitalar. A iniciativa contou com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e da Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN).

“Está provado cientificamente que as doenças neurológicas na mulher devem ser abordadas de forma diferente, o problema é que nem sempre existe consenso quanto à forma mais adequada de tratar certas patologias”, segundo Raquel Gil-Gouveia.

Face às controvérsias existentes, “é preciso reunir os vários profissionais que acompanham certas doenças do foro neurológico e dar a conhecer os principais consensos que podem ajudá-los na prática clínica.” Entre as temáticas abordadas falou-se de enxaqueca, anticoagulação na doença neurológica na mulher em idade fértil e na gravidez, o risco trombótico e terapêuticas hormonais.

Outras que se destacam pela falta de consenso são as relacionadas com a gravidez. “Como não é possível realizar ensaios no decorrer da gestação, ainda existem diferentes perspetivas sobre algumas patologias”, referiu Raquel Gil-Gouveia.



No Curso participaram diferentes especialistas, como neurologistas, médicos de Medicina Interna e ginecologistas e obstetras. “A doença neurológica é transversal, por isso, contamos com a participação de diferentes especialidades, como forma de enriquecer o diálogo.”

A sessão de abertura contou com a presença de José Roquette, diretor clínico do Hospital da Luz.

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda