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Doentes respiratórios crónicos «beneficiam com o seguimento por um internista»

O presidente da SPMI, João Araújo Correia, considera que “tem de ser a Medicina Interna a liderar” as soluções identificadas, no âmbito do SNS, para lidar com os doentes respiratórios crónicos, que podem passar por hospitais de dia abertos ou pela hospitalização domiciliária.

O responsável máximo da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna sublinha que aqueles doentes podem classificar-se como crónicos complexos “porque são habitualmente portadores de mais de três doenças, têm múltiplos internamentos hospitalares e inúmeros recursos à urgência”.

Falando na sessão de abertura da última Reunião do Núcleo de Doenças Respiratórias (NEDResp) da SPMI, João Araújo Correia afirmou claramente que “os doentes respiratórios sistémicos e complexos beneficiam com o seguimento por um internista”.



Mas também deixou claro que a Direção da SPMI está alinhada com a posição do coordenador do NEDResp, Alfredo Martins, que em recentes declarações à Just News sublinhou “as vantagens das pontes que se possam estabelecer com a Pneumologia”.

O mesmo se passando relativamente à “necessidade de haver uma comunicação fácil entre a Medicina Interna e a Medicina Geral e Familiar”, promovendo “um tratamento adequado e atempado do doente respiratório”.

“É urgente que os internistas possam afirmar a sua competência para o tratamento e seguimento destes doentes”, frisou João Araújo Correia. Sendo diretor do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Universitário do Porto, sabe do que fala quando sublinha o facto de que “as doenças respiratórias, principalmente as obstrutivas crónicas, estão no topo dos diagnósticos principais dos doentes internados nos serviços de MI”.



Ciente de haver “muitas coisas para melhorar no tratamento do doente respiratório crónico em Portugal, o presidente da SPMI lembrou que “as alterações climáticas já estão a determinar o aumento exponencial das doenças respiratórias, quer seja pelas infeções, ou pelos efeitos nefastos da poluição”.

Doenças respiratórias com “papel crucial” na formação dos internos de MI

Na sequência da mensagem transmitida por João Araújo Correia, o presidente do Colégio da Especialidade de MI da Ordem dos Médicos, também presente na abertura da Reunião do NEDResp, aproveitou a sua intervenção para insistir num aspeto: “A Medicina Interna tem um papel central de coordenação de tudo aquilo que se faz a um doente no âmbito hospitalar e depois na sua passagem para o ambulatório.”

Lembrando que “basta olhar para o currículo dos internos para verificar que as doenças respiratórias assumem sempre um papel crucial”, Armando Carvalho garantiu ser “uma área fundamental da MI”. Até porque, disse, “somos seguramente a especialidade que mais doentes com patologia respiratória trata”.


João Araújo Correia, Armando Carvalho, Alfredo Martins, Luís Alves e Pedro Leuschner

GRESP e NEDResp com “ muitos objetivos comuns”

A presença na mesa da cerimónia de abertura de um representante do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP-APMGF) veio confirmar o interesse desta estrutura representativa dos médicos de família em “participar com o NEDResp em iniciativas que possam surgir”.

Luís Alves disse não haver dúvidas de que “existem muitos objetivos comuns nos nossos dois grupos de interesse, quer do ponto de vista formativo, quer da visão que temos para a importância que é fazer investigação, o que demonstra um pouco as nossas realidades”.

A Comissão Organizadora da 2.ª Reunião do NEDResp foi presidida por Pedro Leuschner, coordenador do Grupo de Doenças Respiratórias do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

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