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Encontro Nacional de MGF: «os desafios e oportunidades da especialidade em 2020»

O 33.º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar (MGF) terá lugar entre 3 e 5 de março de 2016, no Centro de Congressos do Estoril, e será subordinado ao lema “MGF 20-20: Um futuro, uma odisseia...”. Rui Nogueira, presidente da APMGF, explicou à Just News quais os temas centrais da reunião, onde são esperados cerca de um milhar de participantes.

A “Cobertura Universal de Saúde” será o tema de uma das sessões, que contará com a participação de Cipriano Justo, especialista em Saúde Pública, Armando Brito Sá, coordenador da USF Conde Saúde, e Joana Godinho, com a moderação de Luís Pisco, vice-presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT. De acordo com Rui Nogueira, esta questão tem sido abordada pela OMS, com a ajuda do Banco Mundial, tendo sido recentemente elaborado um relatório sobre esta matéria.

“Será feita uma abordagem quer em termos de aumento da capacidade de resolver as necessidades de saúde nas populações que nos procuram no centro de saúde (conceito de resolutividade), quer de horizonte 20-20, ou seja, localizarmo-nos em 2020 e vermos para onde queremos caminhar”, indica.



A gestão de recursos humanos em saúde e a formação pré-graduada e pósgraduada será outro dos assuntos em discussão, bem como as assimetrias geográficas e geracionais. Carlos Mendonça, aluno da FMUP, fará uma apresentação do tema com base num estudo desenvolvido pela ANEM (Associação de Estudantes de Medicina) e Henrique Botelho, coordenador nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área dos CSP, Marta Temido, presidente do Conselho Diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), e Rui Nogueira farão comentários.

A dimensão da lista de utentes também estará em análise. Rui Nogueira adianta que será apresentado um protótipo da dimensão da lista de utentes tendo em conta os diferentes contextos de exercício profissional, que consiste, essencialmente, na necessidade de dimensionar as listas não em função do número de pessoas, mas do tipo de pessoas e do seu contexto. Tiago Maricoto, da Direção da APMGF, fará a apresentação de base e Paula Santana, docente da FMUC, Daniel Pinto, do Departamento de MGF, NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas, UNL, e João Rodrigues, presidente da USF-AN, farão os comentários.

“Um médico de família pode ter uma lista de 1500 utentes jovens e outro médico ter uma lista de utentes com mais idade, que ocupa mais tempo e exige outro tipo de cuidados”, comenta, desenvolvendo que estar a uma distância considerável do serviço de urgência é diferente de estar próximo, por exemplo. Ou seja, “terá de haver uma ponderação da lista de utentes, tendo em conta o contexto de exercício clínico”.



Para mais informações: www.apmgf.pt 

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