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Enfermagem de Saúde Familiar: contribuir para ser «mais integrativa, vasta e participativa»

Reforçar os laços com a Enfermagem de Saúde Familiar (ESF) espanhola foi um dos principais objetivos do 2nd International Congress of Family Health Nursing/1st Iberic Congress of Family Health, que decorreu entre 16 e 18 de outubro, em Lisboa.

Segundo a presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Familiar (SPESF), Maria Henriqueta Figueiredo, esta sociedade científica "quer contribuir para que a ESF seja cada vez mais coletiva, integrativa, vasta e participativa”.



No Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, perante uma plateia de vários enfermeiros e da ministra da Saúde, Maria Henriqueta Figueiredo fez questão de sublinhar a importância de se reforçarem os laços além-fronteiras:

“Queremos dar o nosso contributo para a divulgação das boas práticas e da evidência científica na área da Saúde Familiar e, em particular da ESF, a nível nacional, ibérico e mundial.”


Maria Henriqueta Figueiredo

Em declarações à Just News, realçou precisamente a importância da ligação a Espanha neste que foi o primeiro congresso ibérico. “Por um lado, o fator proximidade é essencial ou não fossemos países vizinhos; por outro, a ESF, em Espanha, encontra-se num estádio semelhante ao nosso, tendo já sido reconhecida a especialidade.” Referiu também a importância da parceria entre a SPESF e a International Family Nursing Association (IFNA).

Apesar de se mostrar satisfeita com os avanços na formação e nas práticas no âmbito da ESF, considera que ainda há vários passos a dar para se consolidar esta área. “Um dos principais desafios está na chamada dotação segura, ou seja, de que forma os enfermeiros vão ter oportunidades e condições para prestarem cuidados às famílias como unidade."

Maria Henriqueta Figueiredo acrescenta ainda: "Além da prestação de cuidados aos indivíduos, membros das famílias, devem ter recursos para avaliar e intervir o que se reporta à família como um todo."



“A pedra angular da resposta aos desafios da sociedade”

Quem também tem todo o interesse em criar laços além-fronteiras é José Ramón Martínez Riera, presidente da Asociación de Enfermería Comunitaria de Espanha. “Estas parcerias são fundamentais, principalmente entre dois países que têm vários pontos em comum e que estão próximos, porque só assim se consegue promover a análise e a reflexão em torno da ESF. Desta forma é possível disseminar boas práticas.”

O responsável relembrou à Just News, o quão necessária é esta especialidade na atualidade. “Os enfermeiros de família são a pedra angular da resposta aos desafios da sociedade, que exigem adequação às mudanças sociodemográficas, como o envelhecimento da população e o aumento das doenças crónicas.”

Continuando, reiterou: “Os doentes crónicos não podem ter uma resposta medicalizada, mas mais centrada na promoção da saúde e na prevenção. Hoje em dia exige-se um envelhecimento ativo e saudável e soluções que vão ao encontro da conjuntura atual, como o aumento da população imigrante.”

A mesma opinião tem Álvaro Carrera García, presidente da Asociación Galega de Enfermería Familiar e Comunitaria, que relembrou que “o principal problema da ESF é a falta de coesão social”. Nesse sentido, acrescentou, “este tipo de congressos são uma oportunidade histórica para falarmos todos a mesma linguagem e para caminharmos juntos, inclusive para se trabalhar numa iniciativa global europeia”.


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