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Especialistas debateram a técnica de encerramento do apêndice auricular esquerdo

Foi para debater a prevenção de eventos tromboembólicos em doentes com fibrilhação auricular (FA), e particularmente o uso da técnica de encerramento do apêndice auricular esquerdo, que especialistas nacionais e internacionais estiveram reunidos na 1.ª edição da reunião "New Frontiers in Cardiology – Focus on LAA Closure", presidida por Fausto Pinto.

Na sessão de abertura, Fausto Pinto, diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia, começou por sublinhar a oportunidade de discutir este assunto com alguns experts internacionais de referência.

Em seu nome e do CHLN, o anfitrião afirmou ser uma “enorme honra” receber convidados tão especiais como Stephan Windecker, presidente da European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPIC), o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), José Silva Cardoso, assim como especialistas de várias partes do mundo e de Portugal.

Por seu turno, o presidente da EAPIC fez questão de elogiar o “magnífico” programa da reunião e sublinhar que, durante a última década, a intervenção no campo das doenças cardíacas estruturais tem vindo a merecer uma especial atenção e importância.

Stephan Windecker referiu que uma importante percentagem de doentes com FA não é elegível para a utilização de medicação anticoagulante como profilaxia de fenómenos tromboembólicos, devido ao risco hemorrágico, sendo que “muitos destes doentes podem beneficiar do uso da técnica de encerramento do apêndice auricular esquerdo”.

José Silva Cardoso salientou que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade em Portugal. Neste sentido, mencionou, “a SPC está envolvida em reduzir o peso destas patologias através da educação médica contínua, da promoção da investigação neste campo e, por último, da intervenção junto do público e decisores políticos do nosso país”.

Afirmou também ser uma honra para a SPC associar-se ao “excitante” programa desta reunião, não só por contar com o “valioso” contributo de diferentes especialistas, mas também por incidir sobre a FA, “um problema importante da Medicina Cardiovascular”.

Durante a reunião, que teve lugar na Aula Magna da FMUL e que contou com cerca de 200 inscritos, foram transmitidas ao vivo duas intervenções realizadas no Hospital de Santa Maria por equipas de especialistas nacionais e internacionais, sendo que os moderadores e a assistência tiveram a oportunidade de questionar os operadores sobre os diferentes passos da técnica.

Foi feita uma abordagem de questões fundamentais da FA, assim como de aspetos de decisão clínica, como decidir aplicar a técnica do encerramento do apêndice auricular esquerdo ou instituir terapia anticoagulante em doentes com FA para prevenir eventos tromboembólicos, nomeadamente o AVC. A imagem foi outro dos temas em debate.



Podem ser consultadas mais fotos da reunião aqui.

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