«O contacto com o Centro de Simulação torna este evento muito apelativo para a MGF»

É já no próximo sábado que se realiza o II Encontro na Luz dedicado aos Cuidados de Saúde Primários e o grande elemento diferenciador são as suas sessões de simulação. "A possibilidade de ter uma perspetiva prática do exercício da medicina é sempre uma mais-valia para todos os profissionais", afirma a médica de família Alexandra Rosa, que integra a Comissão Organizadora.

De acordo com a especialista de Medicina Geral e Familiar do Hospital da Luz Oeiras, "o Centro de Simulação do Hospital da Luz de Lisboa dispõe dos mais modernos equipamentos, abrangendo diversas áreas, que permitem o treino de situações clínicas frequentes no quotidiano do exercício da medicina, com uma aproximação muito perfeita à realidade".

"Ao permitir o contacto com o Centro de Simulação, o Encontro na Luz constitui um evento muito apelativo, não só pelos temas tratados, mas também por se afirmar como um evento diferente e inovador na área dos Cuidados de Saude Primários", acrescenta.


Alexandra Rosa

Clinical Escape Games

Numa das sessões de simulação, um clinical escape game, as equipas resolverão casos clínicos através de uma plataforma de simulação clínica avançada, em que o objetivo é “sair da sala em 30 minutos" – ou seja, resolvê-los neste curto período, tomando as decisões mais adequadas.

Sendo "fundamental que as equipas funcionem de forma coordenada e eficaz em prol do doente", esta sessão permite trabalhar a capacidade de comunicação sob níveis elevados de stress, o que é relevante entre os elementos da equipa, mas também na relação com o doente, como explica Alexandra Rosa.

"No âmbito da prática da Medicina Geral e Familiar, temos assistido a um número crescente de consultas em que as perturbações de stress assumem um papel fulcral, enquanto fator disruptor da saúde do indivíduo, da família e da sociedade em geral. O médico de família deve estar atento às várias formas de manifestação do stress no paciente, desde as formas clássicas até às representações psicossomáticas desta perturbação", salienta a especialista.

Assim, a médica de família considera que "a possibilidade de treinar esta abordagem num modelo prático, sob a forma de clinical escape games, é muito interessante e convidativa”.

Estes modelos de formação mais práticos permitem, além disso, "uma troca de experiências entre pares a partir de um momento lúdico e formativo, mas sempre respeitando a qualidade e a excelência do conteúdo."

Ecografia para MGF

Outra das sessões de simulação é dedicada à utilização do POCUS (ultrassonografia point of care) em MGF: “O recurso a alguns meios complementares de diagnóstico mais modernos tem de ser necessariamente alargado e aperfeiçoado, de forma a complementar a observação do doente", afirma Alexandra Rosa.

Na sua opinião, "a ecografia básica pode  vir a mostrar-se útil nalguns casos, nomeadamente para alguns clínicos que exerçam a sua atividade num local com menor acessibilidade a serviços médicos mais diferenciados.”

Sublinhando que "não se pretende que o médico de família seja um imagiologista", destaca, no entanto, a importância de "ter algumas noções básicas de ecografia, nomeadamente em situações de urgência, como por exemplo no despiste de situações como apendicite aguda, cólica renal ou globo vesical, entre outras".

A especialista de MGF reconhece ainda que, no caso do Grupo Luz Saúde, os profissionais terão melhores condições do que no setor público: "Temos mais equipamentos disponíveis e diferentes incentivos para a sua utilização e para formação. Há uma aposta muito forte na inovação e no exercício de uma medicina moderna e avançada."



Um contacto com os outros médicos "muito estreito e ágil" 

Tendo integrado há 16 anos o Grupo Luz Saúde, Alexandra Rosa conhece naturalmente bastante bem a sua cultura organizacional. Salienta precisamente essa aposta na Medicina Geral e Familiar, "o que é muito diferenciador e inovador, dado que a saúde da população assenta nesta especialidade, mais concretamente na sua vertente preventiva".

E lembra que "ninguém melhor do que o médico de família, que é uma espécie de ‘gestor’ da saúde do doente, para integrar as diversas valências de saúde que este necessita."

E quanto ao contacto entre o médico de família e os outros médicos que acompanham o doente? “É muito estreito e ágil, o que se traduz num benefício claro para o doente", afirma, assegurando que, desta forma, "evitam-se gastos potencialmente desnecessários em saúde, maximiza-se a troca de informação e o doente sente-se acompanhado em todas as etapas do circuito". 

Especialistas e internos, do privado e do SNS

Relativamente aos destinatários deste II Encontro na Luz de Cuidados de Saúde Primários, Alexandra Rosa faz questão de lembrar que "todos os médicos de família são bem-vindos, não só os especialistas, mas também os médicos internos, independentemente da sua área de exercício ser no setor privado ou no SNS: há sempre um ganho na partilha de experiências e perspetivas quando se colocam em contacto realidades tão diversas."

E acrescenta: "É uma preocupação da Comissão Organizadora do Evento e do Grupo Luz Saúde em geral proporcionar o contacto e o entrosamento de todas estas realidades – médicos, internos, setor público e privado. A formação é um dos temas centrais do Grupo Luz Saúde, a par da prestação dos cuidados de saúde aos seus doentes."

Podem ser consultadas mais informações sobre a 2.ª edição do Encontro na Luz dedicado aos Cuidados de Saúde Primários aqui.

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