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Estudo «e_COR» pretende identificar fatores de risco cardiovascular

Estimar a prevalência dos principais fatores de risco cardiovascular (CV) na população portuguesa, determinar o risco vascular global (número de fatores por pessoa), avaliar o conhecimento, tratamento e controlo dos fatores de risco biológicos: diabetes mellitus (DM), hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e hipertensão arterial (HTA) são os objetivos que levaram o INSA a definir o “Estudo e_COR”, no âmbito da epidemiologia e da prevenção CV.

A amostra do “e_COR” pretende-se não estratificada, representativa da população portuguesa adulta residente em Portugal Continental e caracterizada por sexo e grupo etário (18 aos 34 anos, 35 aos 64 e 65 aos 79). É constituída por 1685 indivíduos.

Mafalda Bourbon, investigadora e responsável pelo Grupo de Investigação Cardiovascular da Unidade de I&D do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção da Doenças Não Transmissíveis do INSA, que desenvolve este projeto, avança que, até ao momento, foram recolhidos dados de 1027 indivíduos de três regiões NUTSII, Lisboa (349), Centro (338) e Norte (340), de ambos os sexos e com idade compreendida entre os 18 e os 79 anos.

Os dados foram obtidos a partir de uma amostra de sangue venoso em jejum, um exame físico e um questionário clínico e de hábitos de vida. A análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS versão 20.0.

“O estudo foi desenhado para ter representatividade nacional”, afirma Mafalda Bourbon, referindo que, desta forma, os dados recolhidos não são representativos de cada região, mas sim do estado de saúde e doença da população estudada.

Estilos de vida saudáveis podem prevenir doenças CV

As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte em Portugal e de hospitalização por incapacidade física e, consequentemente, com elevados custos em saúde.

As doenças CV, na sua maioria, podem ser prevenidas mediante a adoção de estilos de vida saudáveis. “A identificação e o controlo dos fatores de risco é uma medida fundamental para as autoridades de saúde poderem agir adequadamente, a fim de reduzir o risco de doença vascular na população, e poderem desenvolver medidas de promoção de saúde adequadas”, menciona Mafalda Bourbon.

Segundo indica, as baixas taxas de controlo dos fatores de risco, especialmente da HTA e da DM, o número crescente de fumadores, sobretudo mulheres, e o aumento do número de pessoas com excesso de peso e obesidade são um problema de saúde pública que precisa de intervenção, através de políticas de saúde locais e nacionais.

“Iniciativas de educação para a saúde poderiam ser benéficas na redução do risco vascular da população, uma vez que a maioria dos fatores de risco são modificáveis”, refere. E conclui: “Esperamos, com este estudo, contribuir para produzir evidência científica para a decisão em saúde pública, nomeadamente, para melhor definir estratégias na área da prevenção cérebro e CV.”

Resultados preliminares
O artigo em pdf - que inclui as taxas de prevalência registadas até ao momento nas três regiões já estudadas - pode ser consultado aqui.



Notícia publicada na atual edição de LIVE Cardiovascular.

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