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Estudo pretende facilitar a otimização da contratualização nos CSP

Com o objetivo de otimizar o processo de contratualização nos cuidados de saúde primários (CSP), está a ser desenvolvido um estudo financiado pelo Ministério da Saúde, no âmbito das bolsas de investigação em serviços de saúde. Esta investigação foi apresentada durante o 3.º Encontro de outono da USF-AN por André Biscaia, um dos autores.

“Estamos a analisar todas as oportunidades de otimização do processo num ambiente de partilha e de troca de informações e experiências com os organismos do Ministério da Saúde e outras unidades académicas e organizações profissionais. O objetivo é verificar o que se pode fazer não no próximo ano, mas nos próximos anos, em relação à contratualização”, afirmou o médico de família da USF Marginal, doutorado em Políticas de Saúde e Desenvolvimento.

De acordo com André Biscaia, o primeiro grande resultado deste estudo é a construção de um modelo de base de dados que inclui as informações da atividade de todas as unidades de CSP ao nível do país durante vários anos, bem como de variáveis de contexto (morbilidade, morbilidade e internamentos hospitalares).

“Os dados de contexto das unidades vão explicar as diferenças entre o desempenho das várias unidades de saúde, o que irá permitir depois acertar o processo de contratualização e da definição das metas”, indicou.

Este estudo integra, também, uma parte qualitativa, com entrevistas a pessoas que têm estado envolvidas na contratualização dos CSP, o que permite obter informações qualitativas sobre todo o processo. Paralelamente, está a ser feito um estudo de satisfação no trabalho que conta com o envolvimento de todos os grupos de profissionais.

“Os dados vão estar definidos entre o final deste ano e o princípio do próximo, mas temos partilhado os resultados com a Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS) e com as Administrações Regionais de Saúde (ARS)”, esclareceu André Biscaia.

A investigação está a ser desenvolvida pela Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta  (AGO), em parceria com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a ACSS.

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