Estudo sobre envelhecimento: 7% dos portugueses «não compra todos os medicamentos prescritos»

No âmbito do Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal, uma iniciativa da PremiValor Consulting, foram apresentados o mês passado, numa Conferência que decorreu no Holmes Place de Miraflores, os resultados preliminares referentes à temática do envelhecimento.

Telmo Vieira, coordenador do projeto, partner da PremiValor Consulting e docente no ISEG-Universidadede Lisboa, refere que o que mais o surpreendeu nos resultados preliminares "foi o número de pessoas que referem não ter qualquer tipo de poupanças, em especial as que não tem poupanças especificamente para a reforma (68%)".

Em declarações à Just News, afirma que "este dado, aliado às alterações da pirâmide demográfica, é preocupante no que toca às questões relacionadas com a sustentabilidade do sistema de providência social em Portugal".
 


Cerca de 50% toma "4 ou mais medicamentos" diariamente

Outro dado que considera igualmente relevante refere-se ao número de pessoas que indicam não conseguir comprar todos os medicamentos prescritos: "O estudo aponta para 7% da população, mas este número poderá ser na realidade superior, pois poderá ter havido pessoas que por uma questão de desconforto poderão não ter dado a resposta correta", alerta.

O estudo revelou também que "66% da totalidade dos respondentes referiram tomar medicação diariamente" e que 48% das pessoas com mais de 65 anos referiram tomar "4 ou mais medicamentos diferentes por dia".


Manuel Carrageta, presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia, esteve presente na sessão de apresentação dos dados, na qualidade de coordenador científico do estudo para a área do Envelhecimento, tendo feito uma "breve síntese sobre a importância da temática do Envelhecimento", com destaque para o envelhecimento ativo.

27% dos reformados "nunca viajam"

O responsável do estudo salienta ainda os dados referentes à reforma dos portugueses: "Desde Janeiro deste ano a idade de reforma passou para os 66 anos e 3 meses, no entanto, de acordo com o estudo efetuado, 32% dos respondentes referiram que gostariam de se reformar, em média aos 63 anos de idade."

Telmo Vieira acrescenta: "Existe aqui um ´gap` de expectativas que o país terá que acomodar com soluções que permitam até mais tarde a continuidade da participação dos cidadãos mais seniores no mundo do trabalho."

Os resultados preliminares da 1.ª edição do Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal indicam também que, entre os reformados que responderam ao questionário, 44% "nunca participam em atividades culturais" e 27% "nunca viajam". Por outro lado, 51% indicaram "fazer passeios ao ar livre diariamente".



A responsável pela coordenação científica do estudo para a área da Natalidade participou igualmente na conferência. Maria do Céu Machado, diretora do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital de Santa Maria, abordou "os desafios da Natalidade no contexto nacional". 




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