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Exposição mostra trabalho e rosto dos fisioterapeutas na luta contra a covid-19

Dar a conhecer o papel dos fisioterapeutas na gestão e tratamento dos doentes com covid-19 foi o principal objetivo da exposição organizada pelos fisioterapeutas do Hospital Nossa Senhora do Rosário, unidade que integra o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo (CHBM).

A iniciativa, que também permitiu mostrar o rosto dos profissionais em tempo de pandemia, assinalou o Dia Mundial da Fisioterapia, no passado dia 8 de setembro.



A ideia da exposição partiu do desafio lançado pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFISIO), integrante da atual World Physiotherapy. “O dia assinala a união e a solidariedade da comunidade global de Fisioterapia", explica à Just News Cristina Brandão, coordenadora do Setor de Fisioterapia do Hospital Nossa Senhora do Rosário, que integra o Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do CHBM. 

E a terapeuta acrescenta: "É uma data para os fisioterapeutas de todo o mundo demonstrarem o valor da profissão na manutenção e/ou melhoria da mobilidade e independência funcional dos utentes."

Este ano, o tema não podia ser outro: a reabilitação pós-covid-19 e o papel dos fisioterapeutas no tratamento e gestão de pessoas afetadas pelo vírus. Estão assim expostos vários pósteres a explicar o trabalho dos fisioterapeutas , mas não só:

“Devido às atuais contingências impostas e utilização de variados equipamentos de proteção individual, constatou-se durante a nossa prática a perda de identidade de cada um dos fisioterapeutas. Achámos, então, que seria interessante que os utentes reconhecessem os nossos rostos e, principalmente, os sorrisos.”

Cristina Brandão espera assim que seja uma forma de “promover o perfil da profissão junto dos utentes, mas também das equipas multidisciplinares, governos e decisores políticos”.



Telerreabilitação para manter apoio em tempo de pandemia

A nível ambulatório, nos últimos tempos tem-se destacado o trabalho à distância. “O apoio via telefónica ou por e-mail foram as ferramentas encontradas durante o estado de emergência e mantemo-lo ainda por existirem grupos, aos quais ainda não nos foi possível dar resposta presencial, nomeadamente, quem tem patologia crónica.”


Cristina Brandão

Na sua opinião, a telerreabilitação pode ser assim uma mais-valia face ao risco de infeção nestes grupos mais vulneráveis. “Facultamos materiais de apoio, nomeadamente, folhetos e vídeos, adaptados à especificidade de cada um.” Todavia, salienta, “esta nova realidade realçou também a importância da autorresponsabilização por parte dos utentes no seu processo de reabilitação, apesar do apoio à distância”.

Mas o papel destes profissionais não se fica por aí no CHBM, começando muitas vezes por ser junto dos doentes internados, a fim de se iniciar a reabilitação numa fase precoce. “Nesta unidade de saúde, a intervenção dos fisioterapeutas no internamento é sempre uma prioridade, facto que se manteve mesmo com a declaração da pandemia.”

Integrados em equipas multidisciplinares, a responsável faz questão de reforçar que “os fisioterapeutas promovem, com a sua intervenção, a manutenção e/ou melhoria da mobilidade, da força muscular e da independência funcional, contribuindo assim para as altas hospitalares mais precoces, com consequente diminuição do risco de infeções hospitalares e rentabilização de camas”.

A sua intervenção inclui ainda o ensino e a disponibilização de materiais de apoio, "que permitem o processo de reabilitação na pós-alta hospitalar".



“Uma atividade absolutamente decisiva na reabilitação dos doentes”

Quem também reconhece a importância dos fisioterapeutas na reabilitação dos doentes é Fernando Branco da Silva, diretor do Serviço de MFR do CHBM. “A Fisioterapia, como setor terapêutico integrante do Serviço de MFR, desenvolve uma atividade absolutamente decisiva na reabilitação dos doentes, nas mais variadas patologias, nomeadamente osteoarticular, neurológica e respiratória.”


Fernando Branco da Silva e Cristina Brandão 

O responsável destaca ainda a telereabilitação. “Conseguiu-se desta forma que, não só os doentes não ficavam com os seus tratamentos totalmente suspensos, como se manteve a ligação doente/profissional, sempre indispensável para se obterem os melhores resultados.”

A propósito do Dia Mundial da Fisioterapia, faz questão de deixar uma mensagem aos fisioterapeutas: “Continuem a preservar no espírito de equipa multidisciplinar e deem continuidade a uma postura de enorme profissionalismo, competência e dedicação pelos doentes, que tem caracterizado a vossa ação.”


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