Faculdade de Medicina de Coimbra: Encontro de MGF sobre «utentes com problemas de adição»
"Fortalecer a relação médico-doente como determinante da confiança e da rede de apoio em famílias disfuncionais" é um dos objetivos centrais de um encontro sobre "Adições e Subtrações". Trata-se de mais uma iniciativa promovida pela Unidade Curricular de Medicina Geral e Familiar (MGF) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, coordenada por Hernâni Caniço.
A abordagem deste tema visa igualmente contribuir para a redução "do estigma social e melhorar a saúde física e mental das pessoas com doenças da adição e dependências".
Com início marcado para as 21h15, o encontro realiza-se dia 3 de abril e conta, na sessão de abertura, com as intervenções de Duarte Nuno Vieira, diretor da FMUC, José Manuel Silva, regente da Unidade Curricular de MGF, e José Tereso, presidente da ARS Centro. Marca também presença a nova presidente do Núcleo de Estudos de Medicina da Asscociação Académica de Coimbra.
A reunião pretende fornecer aos profissionais de saúde "mais uma ferramenta" no processo de "ajudar utentes com problemas de adição" relacionados, nomeadamente, com a internet, videojogos, redes sociais, sexo, álcool e drogas. Além da comunidade académica e comunicação social, a sessão está ainda aberta ao público em geral.
O programa pode ser consultado aqui.
José Manuel Silva e Hernâni Caniço.
Sob a coordenação de Hernâni Caniço, a Unidade Curricular de Medicina Geral e Familiar (MGF) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) celebrou o ano passado 25 anos de ensino.
Na sessão que assinalou o encerramento das comemorações, José Manuel Silva, ex-bastonário da Ordem dos Médicos e regente da Unidade Curricular de MGF na FMUC, salientava que os doentes precisam de tempo dos médicos e, por sua vez, os médicos precisam de tempo para os doentes: “O tempo é fundamental para a criação da relação de confiança entre médico e doente e para a compreensão da génese das queixas e das necessidades quer dos doentes, quer das suas famílias, num ambiente complexo”.
E sublinhava precisamente: “Hoje, está cientificamente estudado que a empatia da relação médico-doente melhora os resultados físicos e psicossociais da relação terapêutica e é um contributo para que as pessoas vivam numa sociedade saudável e, ao mesmo tempo, menos consumidora de cuidados de saúde”.
Contactos:
Unidade Curricular de MGF
mgf.fmuc@gmail.com
Telf.: 239 79 41 37