Faculdade de Medicina de Lisboa reativa Departamento de Educação Médica

A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), dirigida pelo cardiologista Fausto Pinto, reativou o seu Departamento de Educação Médica (DEM). A sessão de inauguração realizou-se, no passado dia 14 de março, na Aula Magna da Faculdade.

“O posicionamento dos profissionais de saúde nos respetivos sistemas implica uma expectativa da sociedade sobre os mesmos, que nos obriga não só a analisar a prática clínica tal como é feita, mas também a questionar a qualidade da formação”, observou António Vaz Carneiro, diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência e, agora, do DEM, durante a referida sessão.

E acrescentou: “O DEM começa por ser uma área que pode assumir a responsabilização de uma instituição como a Faculdade de Medicina de Lisboa.”



Agradecendo a Fausto Pinto o interesse que demonstrou, o apoio que deu na reativação do DEM e, ainda, a confiança demonstrada ao pedir-lhe que dirigisse um “departamento de tamanha importância”, António Vaz Carneiro salientou que pretende criar uma equipa “capaz de responder consistentemente e com qualidade” às exigências e necessidades dos alunos e docentes.

A mesa da sessão de inauguração foi composta pelo agora diretor do DEM, que fez as honras da casa, por Fausto Pinto, também presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia e diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, por João Martins e Silva, criador do DEM, em 1995, que deu o seu testemunho e falou um pouco daquilo que era esta estrutura, e pelo aluno José Correia, presidente da Associação de Estudantes da FMUL.

José Correia, João Martins e Silva, Fausto Pinto e António Vaz Carneiro.

O DEM é “fulcral” no desenvolvimento de novos métodos de ensino

A criação do DEM sempre foi, para Fausto Pinto, um objetivo prioritário da missão da Faculdade. “A recriação deste Departamento é essencial no tempo presente, devendo ser abrangente, ter capacidade de intervenção e, obviamente, de interação com as várias estruturas da escola, tendo em conta não apenas a pré-graduação como as outras dimensões da educação médica.”

Após fazer uma breve resenha histórica acerca do DEM, o diretor da FMUL mencionou que os DEM têm tido um papel fulcral no desenvolvimento de novos métodos de ensino e contou que o da FMUL “vai funcionar em estreita cooperação com o Conselho Pedagógico e com os grupos de intervenção de estudantes nesta área. Além disso, procurará, se necessário, apoio financeiro para as suas iniciativas”.



De acordo com Fausto Pinto, os objetivos principais do DEM passam pelo apoio organizativo e administrativo aos estudantes do mestrado integrado de Medicina, pela monitorização da qualidade do ensino e pela consultoria pedagógica disponibilizada aos docentes.

A avaliação interna da qualidade das atividades letivas, o desenvolvimento das atividades formativas para docentes, a valorização dos trabalhos finais de mestrado desenvolvidos pelos alunos da faculdade, a promoção da investigação e produção médica e a reformulação do ensino clínico, entre outros aspetos, são também algumas das finalidades do DEM que enumerou.

Por fim, os presentes puderam assistir às apresentações de Madalena Patrício, diretora adjunta do Departamento, que falou um pouco das atividades que pretendem desenvolver, e dos responsáveis de cada um dos DEM de todas as faculdades de Medicina do país, que proferiram uma breve intervenção sobre o importante papel que estes desempenham nas suas respetivas escolas.