Familiares cuidadores de pessoas com experiência de doença mental «sem apoio especializado»

“É fundamental a prevenção ou o diagnóstico precoce dos sinais de esgotamento dos familiares cuidadores.” O apelo foi lançado por Joaquina Castelão, presidente da Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Experiência de Doença Mental no I Encontro Internacional da FamiliarMente, sob o tema “O papel e a importância da família na doença mental”, que teve lugar no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).



Joaquina Castelão realçou, na sessão de abertura do evento, que “os familiares cuidadores de pessoas com experiência de doença mental estabelecem uma relação emocional muito forte, que se pode tornar muito desgastante e fonte de angústia e de dor”.

A responsável ressalvou ainda que é necessário dar mais apoio a estas famílias, “para se evitar as situações de esgotamento ou outras doenças, quer sejam físicas, psíquicas ou emocionais”. Joaquina Castelão disse mesmo que, “em pleno século XXI, a realidade é nua e crua, continua-se sem apoio especializado”.



Um problema que não pode ser ignorado, segundo a presidente da FamiliarMente, “já que pode estar em causa, em casos extremos, a prestação de cuidados”. Nesse sentido, Joaquina Castelão relembrou a importância de as instituições serem convidadas a participar em grupos e comissões de trabalho, “para que a nossa vivência e experiência possa contribuir para decisões que vão ao encontro das necessidades existentes”.



A sessão de abertura contou com a presença de Aura Duarte, representante do coordenador para a Reforma do SNS na área dos Cuidados Continuados Integrados, de António Leuschner, presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental, e de Fausto Pinto, diretor da FMUL.

O encontro foi realizado em parceria com o Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde e teve o apoio da FMUL.

A FamiliarMente foi constituída por associações das famílias e cuidadores informais de pessoas com experiência de doença mental, em 31 de março de 2015. A sua finalidade principal é implementar medidas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das famílias e das pessoas com experiência de doença mental.

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