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Doenças crónicas que matam antes dos 70 são um dos maiores desafios

Segundo Francisco George, diretor-geral da Saúde, as doenças crónicas que mais matam antes dos 70 anos, sobretudo o cancro e as doenças cardiocerebrovasculares, foram identificadas pela OMS como um dos três principais desafios da atualidade. A mensagem foi transmitida durante a cerimónia de abertura do XXII Congresso Nacional de Medicina Interna / V Congresso Ibérico de Medicina Interna, em Viana do Castelo.



Sobre esta matéria, aquele responsável disse que “é preciso reduzir iniquidades no acesso aos rastreios e ao diagnóstico precoce, que tem de ser equilibrado no nosso país”.

Por seu lado, as alterações climáticas representam outro dos grandes desafios. “Vamos ter um maior impacto dos problemas causados pelas alterações climáticas e pelo pouco cuidado que tem havido até aqui no que respeita à gestão dos fatores que alteram o clima”, apontou aquele responsável.



O terceiro grande problema identificado pela OMS foi a questão das resistências das bactérias a antibióticos e as infeções associadas aos cuidados de saúde. “Vamos ter de levar mais a sério a gestão da utilização de antibióticos e reduzir a incidência das infeções associadas a cuidados de saúde”, mencionou Francisco George.

O diretor-geral da Saúde aproveitou a oportunidade para deixar um apelo: “Peço a todos os colegas e dirigentes para que todos nós, em conjunto, consigamos superar os problemas colocados por estes três desafios, que têm uma tendência descontrolada para crescer.”

A visão global do doente «é a grande força da Medicina Interna»



Além de Francisco George, participaram na cerimónia de abertura Diana Guerra, presidente do XXII Congresso Nacional de Medicina Interna, que aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), na qual se integra o Serviço de Medicina I do Hospital de Santa Luzia, que dirige, bem como à SPMI, por ter confiado a organização do Congresso a Viana do Castelo.



Por seu lado, Teixeira Veríssimo, na qualidade de presidente da SPMI, salientou que a “grande força da Medicina Interna está naquilo que sempre a caracterizou, ou seja, a visão global do doente”.

A sessão contou ainda com a presença do presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Emilio Casariego Vales, de Ponciano Oliveira, em representação da ARS Norte, de José Maria Costa, presidente da CM de Viana do Castelo, de Franklim Ramos, presidente da ULSAM, e de Miguel Guimarães, presidente da Secção Regional do Norte da OM.

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na impossibilidade de estar presente, fez questão de deixar uma mensagem em vídeo aos congressistas, na qual destacou: “Sem internistas, o Sistema Nacional de Saúde não seria o que é hoje.”



À cerimónia de abertura seguiu-se uma conferência proferida por João Lobo Antunes, neurocirurgião e professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.




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