Fundação Calouste Gulbenkian acolhe exposição «Saúde e Arquitetura em diálogo»
“Saúde e Arquitetura em diálogo” é o tema da exposição inaugurada no âmbito do Fórum Gulbenkian de Saúde 2015 e que se encontra em exibição na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até dia 20 de dezembro.
Nesta exposição, que percorre um diálogo de vários séculos entre a saúde e a arquitetura, assiste-se à evolução dos hospitais, com objetos, plantas e maquetas de unidades hospitalares portuguesas e estrangeiras, selecionadas pelo seu caráter inovador em cada época, da Idade Média até à contemporaneidade.
António Barros Veloso, especialista de Medicina Interna aposentado e um dos comissários da exposição, afirmou, em declarações à Just News, sentir-se lisonjeado por ter sido convidado a participar na sua organização.
“Não sou arquiteto, nem historiador, mas tenho alguma experiência vivida, fiz toda a minha vida clínica nos hospitais civis e foi nesse sentido que estive presente numa série de reuniões e dei as minhas ideias e opiniões”, esclareceu.
E acrescentou: “Além da vivência, sou muito interessado na História da Medicina e dos hospitais, tenho lido muita coisa e tive muito gosto em dar a minha modesta contribuição.”
Referindo que há um espólio enorme de material hospitalar, técnico e não técnico, algum dele exposto nesta mostra, o nosso entrevistado lembrou ser “verdadeiramente urgente” fazer-se um museu da Medicina portuguesa.
“Há coisas muito importantes que se têm perdido e que fazem parte da nossa História e da nossa vivência. Espero que venha a acontecer quanto antes a criação de um museu, ligado, por exemplo, a um hospital ou ao Ministério da Saúde. É absolutamente necessário preservar este património.”
A palestra proferida na sessão de inauguração da exposição esteve a cargo de um dos seus comissários, o arquiteto António Belém Lima.
