KRKA

Germano de Sousa defende SNS «feito de transparência, verdade e boa gestão»

Um Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito e mais leve na prestação de serviços garante mais qualidade aos portugueses e reduz a escalada de custos para o Estado, defendeu, esta quarta-feira, o presidente dos Centros de Medicina Laboratorial Germano Sousa, na conferência "A internacionalização da Saúde", que decorreu em Sintra.

“Um SNS feito de transparência, verdade e boa gestão, com o direito de cada cidadão escolher o seu cirurgião ou o seu médico. É essa escolha que dá qualidade”, sublinhou Germano de Sousa, num debate que juntou, na plateia, dezenas de empresários do setor da Saúde, organizado pelas associações dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e de Portugal (ADVB/ADVP).

Para o antigo bastonário da Ordem dos Médicos, o SNS continua a prestar serviços porque “a máquina que se instalou está de tal modo enraizada que ninguém está interessado em mexer em nada”. Deu como exemplo de desperdício e sobreposição a existência de cinco serviços de neurocirurgia na cidade de Lisboa e a concentração de vários hospitais na zona do Médio Tejo.

A livre escolha do doente levaria ainda a uma competição saudável entre as unidades de saúde e a “mais qualidade e melhor serviço”, explicou Germano de Sousa à Just News. A seu ver, o modo como o SNS funciona tem que ser alterado, sob pena de se tornar insustentável. Uma visão que foi partilhada por José Carlos Magalhães, presidente do Conselho de Administração do grupo Lusíadas Saúde.

“O sistema está desenhado com muito desperdício, com muita sobreposição. É preciso ter coragem para acabar com algum desse desperdício. Acho que uma das formas de atacar o desperdício é dar liberdade de escolha. Ficam os melhores, os mais eficientes, os mais produtivos”, sublinhou.

José Carlos Magalhães acrescentou que a simplificação e racionalidade do SNS não deve ser vista apenas como uma necessidade do ponto de vista económico e de qualidade. “Existe muita sobreposição, excesso de oferta em alguns lugares e falta em outros”, concluiu.

A conferência “A internacionalização da Saúde” contou com a presença de empresários de vários países e teve como objetivo analisar as tendências de globalização da indústria da Saúde, o turismo de Saúde e o relacionamento entre os setores público e privado. A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Portugal, que organizou o evento em parceria com a sua congénere brasileira, é presidida por António Saraiva, que também lidera a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).




Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda