Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Fernando Fonseca: poucos recursos humanos e bons cuidados de saúde
O Hospital Fernando Fonseca (HFF) serve uma população que ronda os 600 mil habitantes. “É o dobro do que estava previsto para o hospital, desde que abriu, em 1996”, afirma José Silva Pereira, diretor do Serviço de Ginecologia do HFF. Uma situação que leva a um esforço adicional diário por parte de toda a equipa, apesar de “nunca estar em causa a saúde das nossas utentes”.
A falta de recursos humanos é a principal reivindicação de José Silva Pereira, mas também de Fernanda Matos, diretora do Serviço de Obstetrícia e coordenadora da Urgência de Obstetrícia/Ginecologia, e de Antónia Nazaré, a diretora do Departamento da Mulher do HFF, que faz a ponte entre os serviços de Ginecologia e de Obstetrícia. Estes três serviços são tema de reportagem na última edição de Women`s Medicine.
Antónia Nazaré, José Silva Pereira e Fernanda Matos.
Serviço de Ginecologia: resposta diferenciada
Há 20 anos nascia o Serviço de Ginecologia, sendo, na altura, dirigido pela ginecologista Conceição Telhado. José Silva Pereira era, então, especialista em Ginecologia/Obstetrícia na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) há dois anos, quando foi convidado a integrar o HFF. “Inicialmente, não foi fácil trabalhar sob a pressão de se ser um hospital “diferente” (hospital público com gestão privada), quando se era notícia, por tudo e por nada, nos media.”
Mas, mesmo sob os holofotes da comunicação social, José Silva Pereira gostou muito da cultura de qualidade (foi o primeiro hospital português acreditado pelo King’s Fund) e produtividade do Serviço. “A experiência foi muito boa, rumávamos todos para o mesmo lado, muito empenhados.”
O mesmo acontece hoje em dia, mas já se notam algumas diferenças desde que o hospital é Entidade Pública Empresarial (EPE). “Surgem dificuldades que não existiam anteriormente, assiste-se a uma perda de autonomia da gestão, nomeadamente nos constrangimentos à contratação de recursos humanos, bem como na aquisição rápida de material e equipamento, entre outras.”
E dá um exemplo: “Na altura da Troika, as restrições orçamentais foram muito grandes e, como entretanto abriram novos hospitais na área envolvente, perdemos recursos. Foi complicado, chegámos a ser apenas cinco ginecologistas.” Atualmente, já estão a trabalhar mais sete colegas, que foram reforçando a equipa ao longo dos últimos 3-4 anos.

A reportagem completa pode ser lida na mais recente edição de Women`s Medicine. Além de Antónia Nazaré, José Silva Pereira e Fernanda Matos, são também entrevistados outros profissionais:
- Amélia Pedro, coordenadora da Unidade de Colposcopia, Histeroscopia e Laser
- Helena Gaspar, coordenadora da Unidade Integrada de Senologia
- Teresa Matos, responsável pela consulta de perdas fetais recorrentes
- Esmeralda Barbosa, responsável pelo atendimento dos casos de gravidez na adolescência
- Ana Paula Santos, responsável pela consulta de Diagnóstico Pré-Natal


