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Higiene das mãos é «fundamental» para reduzir taxa de infeções

Apesar dos esforços feitos nos últimos anos, Portugal apresenta uma taxa de infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) superior à média europeia. A propósito do Dia Mundial de Higiene das Mãos, assinalado a 5 de maio, especialistas salientam a importância desta prática para diminuir a taxa de IACS.

De acordo com os inquéritos de prevalência de infeção efetuados na última década, 9 a 10% dos doentes adquirem uma infeção associada aos cuidados de saúde (IACS) nos hospitais portugueses. São números superiores à média europeia, que comprometem a qualidade e segurança dos cuidados de saúde e propiciam o prolongamento da demora hospitalar, a multiplicação dos custos e o acréscimo da mortalidade.

Para a presidente da Associação Nacional de Controlo de Infeção (ANCI), enfermeira Isabel Veloso, é necessário introduzir e reforçar “medidas integradas em estratégias multimodais, focadas na prevenção, quer das IACS, quer das resistências aos antimicrobianos, com programas específicos bem delineados, com impacto a nível local, regional e nacional”.

Uma medida simples mas eficaz é a higiene das mãos. Estudos demonstram que cerca de um terço das infeções hospitalares poderiam ser prevenidas com a adoção de um conjunto de boas práticas, que incluem a higiene das mãos. Recordando a adesão da Direção-Geral da Saúde, em 2008, à Campanha Mundial de Higiene das Mãos (programa da Organização Mundial de Saúde), a especialista refere que, no primeiro ano, houve um aumento considerável na adesão à higiene das mãos. No entanto, em sucessivas monitorizações, as “taxas de adesão têm sofrido aumentos pouco significativos”.

Por isso, a presidente da ANCI afirma: “É fundamental que cada um de nós, profissionais de saúde), interiorize a importância deste procedimento durante a prestação de cuidados para a prevenção e controlo das IACS.”

Ana Geada, vice-presidente da Associação Nacional de Controlo de Infeção, assume uma posição concordante. “Nos locais de trabalho, os profissionais de saúde devem ter um papel ativo na promoção da higiene das mãos e reconhecer a importância dessa atividade na prestação de cuidados, em sintonia com outros programas de monitorização de infeção”, refere a enfermeira, considerando “mandatória” a formação dos profissionais de saúde sobre higiene das mãos.

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