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Hospitais do SNS: Luís Campos vai coordenar equipa de apoio ao Ministério da Saúde

A expectativa é elevada. Luís Campos, diretor do Serviço de Medicina do Hospital de São Francisco Xavier/Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO) e actual presidente da da Comissão de Qualidade e Assuntos Profissionais da Federação Europeia de Medicina Interna, será o principal conselheiro do Ministério da Saúde no âmbito dos cuidados hospitalares.

O médico, que liderou a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna entre 2016-2018, vai coordenar uma equipa de quatro profissionais da área hospitalar no grupo de apoio técnico à implementação das políticas de saúde (GAPS), um orgão criado em junho pelo Ministério da Saúde.

No total, o GAPS integra cinco coordenadores, tendo os responsáveis pela área hospitalar e pela área dos cuidados de saúde primários sido designados por despacho da Ministra da Saúde “e os restantes por inerência dos cargos que exercem”. É o caso dos cuidados de saúde mental, cuidados continuados integrados e cuidados paliativos.


“Deixar de abordar estas áreas de forma separada”

Para Luís Campos, fica evidente que “a constituição deste grupo é muito importante”. Desde logo porque integra profissionais das cinco redes de cuidados.


Luís Campos

De acordo com o internista, a equipa vai aconselhar o Ministério da Saúde nas diferentes áreas, o que “é muito positivo, já que quebra uma tradição no Ministério da Saúde, que é abordar estas áreas de forma separada”.

E acrescenta: “Somos cinco coordenadores que, em conjunto, vão trabalhar para propôr ao Ministério acções transversais às várias redes de cuidados e, cada um, vai trabalhar com as suas equipas para propôr ações específicas dentro de cada área.

“Abordagem promotora da integração de cuidados”

O internista considera que nos dois últimos anos de mandato deste Governo“ainda há condições para introduzir ou iniciar algumas mudanças, aplicando as lições que aprendemos com esta pandemia e  priorizando as acções que possam fazer a diferença na saúde das pessoas”.

Segundo o despacho 6302/2021, pretende-se que, no âmbito do plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “o GAPS possa coordenar e apoiar a concretização das medidas previstas no Programa do Governo para o setor da saúde, com base na evidência comparada e nas boas práticas nacionais, assim como numa abordagem promotora da integração de cuidados, do trabalho em equipa e do foco nas pessoas.”



O responsável adianta ainda que as propostas do GAPS vão ser enquadradas pelo Plano de Recuperação e Resiliência, pelo programa do Governo mas também pela lei de Bases da Saúde e, do conjunto destes documentos, "destacam-se temas que são incontornáveis":

A prevenção de doença e a promoção da saúde, a integração de cuidados, a melhoria do acesso a cuidados de saúde com qualidade, o combate ao desperdício e a sustentabilidade do sistema de saúde, a transição digital e os recursos humanos. 

A equipa de apoio da Área dos Cuidados Hospitalares integra Delfim Rodrigues, Maria Adelaide Belo, Maria Sofia Mariz e Rui Portugal. Estes reconhecidos profissionais de saúde foram propostos pelo próprio Luís Campos para o acompanhar neste novo desafio.

 

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