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Hospitalização Domiciliária do CHMT vai abranger lares de terceira idade da região do Médio Tejo

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e a Santa Casa da Misericórdia de Abrantes (SCMA) assinaram um protocolo de cooperação no âmbito da hospitalização domiciliária, que vai permitir levar este modelo alternativo de hospitalização, com assistência médica e cuidados de saúde diferenciados e de proximidade, aos 105 utentes do Lar da Misericórdia de Abrantes. Este é apenas o primeiro passo.

O CHMT anunciou que, ao longo do ano, pretende expandir estes cuidados de saúde de proximidade aos lares de terceira idade da região do Médio Tejo. O projeto já foi apresentado à Santa Casa da Misericórdia de Mação, cuja Estrutura Residencial de Idosos (ERPI) acolhe 46 utentes, à Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, cuja ERPI é a residência de 44 idosos, e ainda a nove lares de terceira idade geridos de forma privada da cidade de Abrantes.

No âmbito deste protocolo, a partir desta semana, "sempre que um utente idoso do Lar da Misericórdia de Abrantes tiver uma alteração do seu estado de saúde, a equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do CHMT vai ser a primeira linha de resposta de cuidados de saúde e não o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes".

No entanto, acrescenta o centro hospitalar, "se estiver em causa doença aguda ou risco de vida iminente, mantém-se a referenciação para o atendimento do Serviço de Urgência através da rede de emergência pré-hospitalar".

"só temos a reportar elogios e nenhuma queixa”

Fátima Pimenta, diretora do Serviço de Medicina Interna do CHMT, e coordenadora da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHMT explica a mecânica deste protocolo: “Os cuidados médicos que vamos prestar no lar são idênticos aos que prestaríamos numa enfermaria de hospital, mas com maior proximidade e com toda ou mais segurança associada, já que na Urgência de um Hospital há um grande risco de infeções e qualquer idoso encara estes ambientes como hostis, havendo quadros de desorientação, maiores riscos de quedas, entre outros. Em quatro anos de hospitalização domiciliária do CHMT só temos a reportar elogios e nenhuma queixa."

A médica recorda que o projeto de alargamento do projeto da Hospitalização Domiciliária à sociedade civil e, nomeadamente, ao terceiro setor, foi uma ideia  que surgiu em 2019, "pouco tempo depois da criação da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHMT. No entanto, a Covid-19, e as limitações que impos nos lares de terceira idade, impediu-nos de avançar".


Cerimónia da assinatura do protocolo

"Como se estivessem em casa"

Por seu lado, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, João Manuel Pombo, manifestou o seu agradecimento durante a assinatura do protoclo, não escondendo o orgulho por esta entidade ser a primeira a estabelecer este tipo de parceria com o CHMT:

“O nosso objetivo é criarmos condições para que todos os nossos utentes se sintam como se estivessem em casa. Tudo o que seja para melhorar a vida dos nossos idosos estamos disponíveis para colaborar e deixamos o nosso agradecimento ao CHMT para nos desafiar para esta parceria”.

Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração do CHMT, partilhou a visão estratégica para 2023: “Estamos a dar início a uma estratégia que exige esforço dos profissionais da equipa da Hospitalização Domiciliária, mas que pretende minimizar a afluência ao Serviço de Urgência da Unidade de Abrantes, resolvendo o problema a montante, sem comprometer o acesso a cuidados de saúde e aumentando a satisfação dos cuidados prestados por parte do utente”, afirmou.

O responsável enalteceu o papel das estruturas residenciais para idosos: “Os lares são famílias de suporte. Temos de atuar em conjunto para enfrentar a realidade demográfica do país – que se reflete na procura das urgências hospitalares também. Este é o primeiro de muitos protocolos que vamos celebrar”, garante Casimiro Ramos, que remata: “A saúde dos nossos utentes faz-se também fora das quatro paredes do centro hospitalar. Prevenção, Proximidade e Acesso são os pilares que queremos para a Saúde do Médio Tejo”.

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