Insuficiência Cardíaca: «É mais um passo na promoção da investigação clínica em Portugal»
"The Stepping Stone to Clinical Research” é, de acordo com Fausto Pinto, coordenador da Comissão Científica do Mestrado em Investigação Clínica da FMUL, um evento que se insere “no esforço em que desde há muitos anos nos vimos empenhando na promoção da investigação clínica (IC) em Portugal”.
O evento, que se realizou pela segunda vez, decorreu num dos auditórios do Edifício Egas Moniz, "no contexto do Mestrado de IC, mais uma das ferramentas que temos utilizado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) para divulgar e desenvolver a investigação clínica”.
CRO com origem académica
O responsável faz questão de destacar o facto de o trabalho que tem sido feito, nomeadamente, de coordenação e implementação do Mestrado em IC, envolver a colaboração da CETERA, uma CRO (Clinical Research Organization) académica com um pouco mais de 10 anos de existência e em cuja criação participou Fausto Pinto.
“A maior parte das CRO tem origem empresarial, mas a nossa é uma CRO académica, que surgiu com o objetivo de termos um instrumento que nos pudesse ajudar dentro do nosso Campus, o Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), que é constituído pela FMUL, o hospital universitário da agora ULS de Santa Maria e o Instituto de Medicina Molecular”, refere o diretor do Serviço de Cardiologia e do Departamento de Coração e Vasos da ULSSM.
Fausto Pinto não hesita em considerar que “a investigação clínica é um dos pilares fundamentais daquilo que eu e muitos outros consideramos ser um Sistema de Saúde avançado, o que só é possível se tivermos instituições e pessoas que venham a desenvolver novos projetos de IC, ou a dar continuidade àqueles em que já estão envolvidos”.
Frisa mesmo ser a IC “a grande responsável pelo aumento da esperança de vida em termos globais”.
A mesa de abertura do “The Stepping Stone to Clinical Research”, evento que se realizou em abril, incluiu a presença de Inês Zimbarra Cabrita, diretora-geral da CRO CETERA e membro da Comissão Científica do Mestrado em IC, e de Francisca Patuleia Figueiras, diretora de Operações Clínicas da CRO CETERA e elemento da Comissão de Coordenação do referido Mestrado.
Relativamente às competências adquiridas pelos participantes deste curso, Fausto Pinto deixou, na altura, durante a sessão de abertura, um desejo muito claro: “Espera-se que cada um de vós possa ser, independentemente do background e da instituição onde se encontra, um agente de divulgação e desenvolvimento da IC em Portugal".
Mestrado de IC: um programa de educação e formação inovador
O Mestrado de Investigação Clínica da FMUL é um programa de educação e formação inovador, que oferece uma visão integrada e multidisciplinar para a promoção de uma investigação clínica de excelência.
Tem como objetivo formar profissionais da área das Ciências da Saúde em IC com o conhecimento e treino necessários para integrar equipas e projetos de investigação em unidades de saúde, centros académicos, empresas farmacêuticas e de tecnologias da saúde e clinical research organizations (CRO).
Todo o corpo docente, através dos centros e plataformas de investigação da FMUL, tem um vasto conhecimento e experiência na área, o que garante uma formação robusta e hands-on aos alunos que frequentem o programa.
Inês Zimbarra Cabrita, Fausto Pinto e Francisca Patuleia Figueiras
O curso é composto por quatro semestres (dois anos letivos), os dois primeiros constituídos pelo componente letivo e os outros dois para a preparação e realização da dissertação ou relatório de estágio.
A Comissão Científica é constituída por Fausto Pinto (coordenador), Joaquim Ferreira (coordenador), Daniel Caldeira, Dulce Brito e Inês Zimbarra Cabrita. Integram a Comissão de Coordenação António Vaz Carneiro, Francisca Patuleia Figueiras, Maria José Diógenes e Ricardo Fernandes.