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IPO Coimbra: Serviço Social reorganizou-se para «responder às fragilidades de cada grupo familiar»

O facto de o IPO de Coimbra abranger uma área de influência de grande dimensão leva a que muitos doentes "venham de longe, de zonas marcadamente rurais, explica Célia Tinoco, assistente social na instituição.

Por outro lado, "muitos apresentam um baixo nível de escolaridade e estão inseridos em famílias economicamente frágeis". A pandemia veio complicar ainda mais este cenário e levou a equipa de Serviço Social a reorganizar-se internamente, por forma a "responder o mais adequadamente possível às necessidades que este contexto pandémico impôs".

Em declarações à Just News, Célia Tinoco destaca o "papel fundamental" do assistente social face a esta realidade, que se torna tanto mais sensível "quando os doentes se deparam com uma doença prolongada, que leva a situações de baixas médicas que se prolongam no tempo ou ao desemprego, condicionando a estabilidade familiar".

Como explica, "frequentemente, após o diagnóstico de doença oncológica, doentes e famílias veem-se confrontados com a necessidade de se reorganizarem”. Neste âmbito, o Serviço Social “identifica e trabalha necessidades, potencialidades e fragilidades de cada grupo familiar”.

Adicionalmente, "procuramos garantir os direitos sociais e orientar cada família no âmbito de respostas sociais adequadas às necessidades e características próprias de cada doente", refere.



Célia Tinoco é uma das quatro assistentes sociais do IPO de Coimbra que se dividem pelos vários serviços da instituição. No seu caso, está na instituição desde 2006, dedicada à área cirúrgica, ao Gabinete de Estomaterapia e à Unidade de Tratamento da Dor.

Dispondo o Serviço Social de um gabinete de atendimento a funcionar diariamente entre as 8h00 e as 16h00, estes profissionais vão também onde são necessários. “Além de atendermos doentes e famílias sem marcação, sempre que somos contactadas pelos colegas asseguramos a intervenção necessária”, explica.

Apesar de, muitas vezes, "a progressão da situação clínica ou familiar” exigir a sua atuação em ambulatório, a assistente social adianta que acaba por ser "mais solicitada em contexto de internamento".

No período de pandemia o apoio comunitário ficou condicionado, o que exigiu um esforço redobrado: “Deparámo-nos com uma dificuldade imensa ao nível de respostas, porque durante um período de tempo os centros de saúde não correspondiam de forma adequada, os centros de dia fecharam e os apoios domiciliários não admitiam novos utentes.”


 

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