IPR continua a acompanhar doentes reumatológicos de todo o País devido «à qualidade do serviço prestado»
As dificuldades financeiras podem manter-se, mas o Instituto Português de Reumatologia (IPR) “continua a ser um centro de referência a nível nacional”, como referiu Cândida Silva, presidente das XXIV Jornadas Internacionais do IPR, na sessão de abertura do evento, que decorreu na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.
Cândida Silva relembrou que, atualmente, apenas a ARS Lisboa e Vale do Tejo pode fazer a referenciação para o IPR, mas, “face à nossa História e à qualidade do serviço prestado, ainda continuamos a acompanhar doentes de Norte a Sul e Ilhas”.
Cândida Silva e José Vaz Patto, presidente do IPR.
A presidente das Jornadas sublinhou ainda o crescimento das mesmas desde o seu início, “continuando a ser o grande evento da Reumatologia a nível nacional”. Cândida Silva destacou também os vários trabalhos que iriam ser apresentados nas Jornadas por parceiros do IPR, dando o exemplo da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa ou da Universidade Lusófona.
A sessão de abertura incluiu a atribuição do Prémio Dr. Assunção Teixeira. Para Cândida Silva, este momento foi “a justa homenagem a um dos fundadores do IPR e da Reumatologia portuguesa”.
Helena Canhão, António Vilar, Cândida Silva, J. Canas da Silva e José Vaz Vaz Patto.
O prémio foi entregue pelo reumatologista António Vilar, do IPR, ao trabalho “TRAF1/C5 but not PTPRC variants are potential predictors of rheumatoid arthritis response to anti-tumor necrosis factor therapy”, liderado pela reumatologista Helena Canhão.
Ainda na mesma sessão, esteve presente J. Canas da Silva, recentemente eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e diretor do Serviço de Reumatologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada. O especialista relembrou que a história da Reumatologia “confunde-se com a do IPR, sendo uma das instituições mais antigas do mundo”.
Quanto à SPR, reiterou que no seu mandato vai “promover uma maior ligação institucional e profissional com a especialidade de Medicina Geral e Familiar, particularmente através da criação de programas dirigidos aos médicos de família”. Além disso, “face à falta de conhecimento da realidade das doenças reumáticas, haverá uma forte aposta na formação dos doentes, através da criação de programas de educação”.