ISPUP alerta: «Falta de médicos de saúde pública em Portugal ameaça serviços à população»

De acordo com Henrique Barros, presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), e Bernardo Gomes, médico de saúde pública na ARS do Norte, as alterações demográficas nos médicos de saúde pública, assim como a própria demografia da população, irão ser fortes indutores de mudança nos serviços de saúde pública.

Em comunicado, o ISPUP adianta que foi publicado no "EuroHealth", revista do European Observatory on Health Systems and Policies, um artigo sobre o tema, intitulado “Public Health in Portugal: demography and organisation at the crossroads”, da autoria dos dois investigadores.



Nesse estudo é recordado que, "em 2013, trabalhavam na zona Norte do país cerca de 130 médicos de saúde pública, sendo que, para suprir as necessidades da Região, seriam necessários na altura mais 40 profissionais".

Por outro lado, 89,5% destes médicos tinham mais de 50 anos de idade, "o que significa uma ameaça à força de trabalho, em virtude da concentração do número de aposentações". A nível nacional, o número destes profissionais diminuiu 24,4% entre 2002 e 2011, de acordo com outro estudo, refere o ISPUP.

“Este é mais um contributo para a discussão sobre a organização dos serviços de saúde pública, frisando a urgência de um adequado planeamento e formação dos recursos humanos para os desafios futuros”, refere Bernardo Gomes.

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