José Saraiva lança livro sobre a história do Centro de Otorrinolaringologia da CUF Descobertas
“É muito importante que não percamos o foco na equipa”, afirmou o médico José Saraiva na apresentação de Estórias da História do Centro de Otorrinolaringologia. Trata-se de um livro da sua autoria, que pretende retratar as mais de duas décadas de existência daquele Serviço, que coordena desde a criação, em setembro de 2001, ano de abertura do próprio hospital. O lançamento aconteceu durante as 16.as Jornadas de ORL da CUF Descobertas, em meados de maio.
Para José Saraiva, esse aspeto ainda se torna mais relevante “nestes tempos em que se coloca um foco excessivo no indivíduo e na competição, em que cada um responde por si, desenhando o seu trajeto profissional, por vezes, com escassas balizas e objetivos que não sejam perigosamente imediatistas, como o dia-a-dia da consulta e da cirurgia de rotina”.
Na sua opinião, “longe de poder ser um problema, a equipa deve ser sempre um fator de desenvolvimento e de crescimento individual e uma forma de ajuda e de estímulo à necessária constante aquisição de conhecimentos”.
Neste livro, elaborado com a participação dos profissionais do Centro de ORL da CUF Descobertas, explanam-se as suas diversas áreas de atividade, consultas e unidades de diferenciação e que “se enriqueceu respeitando a diversidade de cada um, a sua autonomia e diferenças, desde que respeitando o objetivo maior de valorizar a equipa”.
José Saraiva
Recuando às suas origens, o responsável sublinha que a criação da então Unidade de ORL constituiu “um projeto verdadeiramente inovador à época”, que arrancou com uma estrutura de apenas dois gabinetes e quatro médicos, tendo hoje 10 gabinetes, 16 médicos, três audiologistas, uma terapeuta da fala e uma fisioterapeuta.
Foi em 2021, em plena pandemia, que o serviço dirigido por José Saraiva sofreu uma reestruturação, aumentando a sua capacidade de resposta e passando a designar-se Centro de Otorrinolaringologia, “reforçando a diferenciação e a consequente oferta em termos de unidade e de consultas temáticas”.
“Uma referência nacional, onde se pratica uma medicina de ponta”
Maria João Mello, administradora do Hospital CUF Descobertas, que esteve presente no lançamento do livro e é a autora do prefácio, destaca, como características da equipa de ORL, “a coragem, a vontade de fazer mais e melhor e a visão a longo prazo”.
Relevando a dedicação ao projeto dos otorrinolaringologistas José Saraiva e Nuno Santiago desde o primeiro momento, enaltece a forma como, “de mãos dadas com a gestão, souberam criar um serviço personalizado e humano, trabalhando sem descanso e com uma equipa multidisciplinar competente”.
José Saraiva, Maria João Mello e José Marques dos Santos
José Marques dos Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SPORL-CCP), associou-se à cerimónia, caracterizando José Saraiva como “um colega cujo perfil humano e profissional é raro de encontrar nos tempos atuais – discreto, gentil, prestável e um profissional de excelência –, que formou e criou um Serviço de ORL que é uma referência nacional, onde se pratica uma medicina de ponta”.
Não hesitou mesmo em qualificar este Centro como “um exemplo e uma história de sucesso”, para a qual contribui “o seu gestor e os profissionais certos, com a experiência necessária e com vontade de crescer e de evoluir”.
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Em virtude do percurso feito, José Marques dos Santos distinguiu “a justíssima atribuição de idoneidade formativa pela Ordem dos Médicos”, em 2011, que Maria João Mello considera ser “o resultado de um trabalho intenso e de um serviço de excelência”.
O lançamento de Estórias da História do Centro de Otorrinolaringologia antecedeu a sessão de abertura das 16.as Jornadas de ORL do Hospital CUF Descobertas, em que intervieram, para além de José Saraiva e do presidente da SPORL-CCP, António Marinho, representando o Colégio da Especialidade de ORL da Ordem dos Médicos, André Ramos, diretor da instituição, e Luísa Fontes, em representação da Direção Clínica.
Luísa Fontes, André Ramos, José Marques dos Santos e António Marinho
A reportagem completa pode ser lida na próxima edição do Jornal ORL.