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Laboratório de Eco-Doppler Vascular do CHULN: Exames com «acesso fácil e rápido» em todo o hospital

O final da pandemia, por alturas do verão de 2022, fica associado a uma evolução significativa na capacidade de resposta do Serviço de Cirurgia Vascular do CHULN, mais precisamente do seu Laboratório de Eco-Doppler Vascular. Não só em termos da qualidade do diagnóstico, graças aos seus dois novos ecógrafos, como também na forma como toda a informação relacionada com os exames aos doentes que ali são realizados passou, entretanto, a ser gerida.

É neste momento possível construir um histórico de cada utente – cuja consulta está à distância de um clique e, não menos relevante, integrado no sistema de comunicação e arquivamento de imagens (PACS – Picture Archiving and Communication System) disponibilizado pelo Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte.

Está assim facilitada a tarefa dos profissionais que recorrem ao Laboratório de Eco-Doppler Vascular, com o consequente ganho para os principais interessados, os próprios doentes – entre três a quatro dezenas de exames efetuados por dia –, que passam pelas duas salas para serem observados pelos cardiopneumologistas Paulo Batista e Tânia Rafael.




“A base de dados de que dispúnhamos apenas permitia guardar os relatórios dos exames em formato word e não os próprios exames, o que era uma grande limitação”, sublinha Paulo Batista.

E Tânia Rafael faz questão de acrescentar que, para além do óbvio envolvimento dos cardiopneumologistas do Laboratório, “também os próprios médicos do Serviço de Cirurgia Vascular tiveram um papel importante no desenho desta base de dados”.

"Informação, que flui de uma maneira muito mais fácil"

Com este software instalado, tornou-se possível dar o passo seguinte: partilhar para fora do Laboratório de Eco-Doppler Vascular toda a informação sistematizada e completa – com o relatório de cada exame realizado e as imagens nas quais o mesmo se baseou –, através da integração no sistema PACS do CHULN.

“Nós trabalhamos com uma base de dados que está interligada com os ecógrafos, com as imagens que obtemos a passarem diretamente para a mesma e ficando disponíveis para todo o hospital, juntamente com os respetivos relatórios. Qualquer médico, seja de que serviço for, consegue ter acesso a essa informação, que flui de uma maneira muito mais fácil e que, para além disso, não se perde, estando sempre disponível”, refere Tânia Rafael.

Rapidez do processo


“No nosso caso, o seguimento de um doente também fica facilitado, pois, quando ele regressa, para avaliar a evolução de uma estenose, de uma trombose, ou seja do que for, temos acesso imediato às imagens e aos relatórios anteriores. Ora, isso permite-nos fazer uma comparação bastante mais eficaz do que antes sucedia, possibilitando, inclusive, a obtenção de imagens com os mesmos “presets” de captação de forma automática e consequente comparação”, comenta Paulo Batista, confirmando as reações positivas de profissionais de outros serviços do hospital:

“Nós sentimos esse retorno, principalmente pela facilidade e rapidez de acesso à informação. Quando um doente chega à urgência ou é reinternado, todo o histórico da sua passagem pelo Laboratório de Eco-Doppler Vascular aparece imediatamente disponível no seu cadastro clínico. Essa informação é, como se compreende, importante para o médico avaliar o doente e a evolução da sua patologia.”

Paulo Batista destaca ainda a rapidez com que a mesma fica disponível: “Depois de fazer o exame, quando o doente regressa ao serviço onde está internado ou à urgência, dependendo da situação, os exames e os relatórios já estão disponíveis no processo.”




Novos ecógrafos potenciam a fiabilidade do diagnóstico

O ano de 2022 também ficará marcado na história do Laboratório de Eco-Doppler Vascular pelo facto de se ter procedido à atualização dos equipamentos, mais concretamente, à substituição dos dois ecógrafos ali existentes. 2023 começou com o aparelho mais sofisticado – considerado de gama média – a funcionar em pleno desde o último verão.

“O equipamento anterior tinha mais de 15 anos, o que é muito tempo, considerando o desenvolvimento tecnológico a que se assiste, que é constante. O ecógrafo que o veio substituir é naturalmente superior, com novos apetrechos para o estudo da doença vascular, potenciando a fiabilidade do diagnóstico”, afirma Paulo Batista.

Aliás, sublinha, “se estamos muito tempo sem fazer uma atualização do equipamento, como é evidente, num centro de fim de linha como é o nosso, acabamos por ficar aquém da capacidade diagnóstica, ao nível da diferenciação e da otimização de recursos”.

E mais: “O nosso hospital recebe muita patologia vascular, em doentes com alguma complexidade, e, por outro lado, faz-se aqui muito tratamento híbrido e faseado, aliando a cirurgia clássica à moderna intervenção endovascular. Se não tivermos um bom equipamento não vamos conseguir obter bons resultados. A qualidade do ecógrafo e os diferentes tipos de software e mapeamentos vasculares acoplados fazem toda a diferença na qualidade, fiabilidade e rapidez do diagnóstico vascular, implicando ganhos clínicos importantes para o doente e para a própria instituição na rapidez do correto diagnóstico.”



O novo aparelho apresenta uma qualidade de imagem superior, permitindo uma diferenciação otimizada das várias estruturas dos vasos sanguíneos.

Segundo Paulo Batista, “dispõe de software de mapeamento do interior dos vasos e de avaliação e caracterização da parede vascular, o que nos permite distinguir melhor as diferentes tipologias de patologia que possam existir, o que se torna muito interessante no diagnóstico de patologias complexas arteriais e ou venosas que chegam diariamente ao Laboratório, permitindo dessa forma fazer a diferença”.

E prossegue: “Possibilita ainda a aquisição de imagem volumétrica e, por outro lado, em estudos comparativos, a obtenção de uma nova captação de imagem, exatamente com os mesmos “pressets” de forma automática com que a primeira foi obtida e, dessa forma, anular possíveis fontes de erro, digamos que é a inteligência artificial ao serviço da ecografia vascular.”

O segundo ecógrafo, ligeiramente inferior, ainda estava em formatação na altura em que a Just News se deslocou a Santa Maria. “Permitirá termos duas salas a funcionar em simultâneo e vai igualmente servir de apoio ao Serviço, nomeadamente, na colocação de cateteres,o que é também uma vantagem”, explica Tânia Rafael.

 

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