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Luís Delgado: «Rinossinusites comprometem qualidade de vida e com custos significativos»

“A rinossinusite compromete muito a qualidade de vida dos doentes e tem custos significativos de consumo de recursos médicos e de terapêutica”, afirmou à Just News Luís Delgado, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), no âmbito da reunião “Descobertas 2015 – Tudo o que quero perguntar sobre rinossinusites”, que se realizou, no passado fim de semana, em Lisboa, com o apoio da Menarini Portugal.

De acordo com Luís Delgado, a rinossinusite não deve ser desvalorizada, nem pelos profissionais médicos, nem pelos próprios doentes. “Ao sofrer de uma rinossinusite não controlada, o indivíduo pode vir a ter formas mais complexas de outras doenças alérgicas associadas, como a asma, as otites crónicas, as otites serosas (nas crianças) e a conjuntivite, patologias que frequentemente se associam à rinite”, explicou.

E esclareceu: “Muitas vezes é o doente que desvaloriza os sintomas, porque se habitua a ter obstrução, a ressonar, a ter perda de olfato e não trata a doença nasal. Atualmente, conseguimos controlar bem a rinite e as patologias associadas, mas é preciso explicar ao doente que tem de tratar também o nariz. Caso contrário, o controlo das comorbilidades é muito mais difícil.”

De acordo com outros estudos de referência internacionais, a prevalência da rinossinusite crónica, em Portugal, oscilará entre os 5 e os 15%. Contudo, e segundo Luís Delgado, dependendo da região do país, pode chegar aos 20%. Já no que se refere à rinite, os números são mais elevados, situando-se entre os 20 e os 30%.

Se deixarmos uma rinite alérgica progredir, haverá com certeza um envolvimento dos seios perinasais e o paciente vai acabar por ter uma rinossinusite”, mencionou.

Luís Delgado considera que o tratamento das rinossinusites está ao alcance do médico de família. Contudo, algumas vezes, é importante abordá-lo nas várias perspetivas das suas comorbilidades, para conseguir controlar a doença, altura em que será necessário referenciar, devendo o tratamento ser feito por uma equipa multidisciplinar.



A reunião “Descobertas 2015 – Tudo o que quero perguntar sobre rinossinusites” resultou de uma organização conjunta do Serviço de Otorrinolaringologia e do Centro de Alergologia do Hospital Cuf Descobertas e contou com perto de três centenas de participantes, essencialmente alergologistas e otorrinos.

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