Luta contra a asma «passa pela formação de educadores»

Iniciar uma experiência-piloto baseada em voluntariado que permita o acesso ao diagnóstico da asma e a tratamentos junto da população infantil mais carenciada é um dos objetivos da nova Direção da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA). Mário Morais de Almeida, o novo presidente, acredita que esta iniciativa é uma forma de “evitar as repercussões negativas desta doença na vida adulta”.

Paralelamente a este projeto, também quer apostar, ao longo do seu mandato (2016-2019), na formação de educadores da asma. Em entrevista à Just News, publicada na atual edição do Jornal Médico, explica que, “ao adquirirem competências em asma, médicos, enfermeiros ou outros profissionais de saúde podem ajudar ativamente no controlo de uma doença que pode ter um impacto significativo na vida dos doentes e das suas famílias". E assegura: "Queremos criar uma verdadeira rede de amigos da APA”.

“Os casos mais graves têm de ser seguidos, inevitavelmente, pelos cuidados mais diferenciados, mas os restantes devem ser alvo, fundamentalmente, da atenção da equipa de saúde, com especial destaque para os médicos dos cuidados de saúde primários e, no caso das crianças, também dos pediatras, em geral, e da Pediatria social, em particular”, afirma Mário Morais de Almeida.

Desta forma, será possível vir a criar uma rede de educadores da asma, como já acontece nos EUA, Canadá, Austrália ou Nova Zelândia. A iniciativa irá envolver várias entidades públicas e privadas, com quem serão estabelecidos protocolos de colaboração. A APA pretende contar, nas atividades que realizar, “com o apoio/parceria de outras associações e sociedades na realização de campanhas ou iniciativas que contribuam para aumentar a literacia em saúde na área da asma”.



Mário Morais de Almeida sublinha ainda que “a asma e as patologias associadas, quando estão controladas, permitem uma melhor qualidade de vida, assim como menos custos para o sistema
de saúde”. Além disso, “no caso das doenças das vias aéreas superiores, como é o caso da rinite e da sinusite, se forem controladas precocemente, evita-se que muitas pessoas venham a ter asma mais
tarde.“ Neste último caso, o responsável observa que, “na idade pediátrica, é fundamental estar atento aos sintomas alérgicos, para que se possa agir o quanto antes, permitindo parar a asma ainda na infância”.

Quanto ao futuro, Mário Morais de Almeida diz que está mais preocupado com os casos ainda não diagnosticados, por existirem “falhas no acesso aos cuidados de saúde”. Acrescenta também a necessidade de, perante uma sociedade com vários constrangimentos económico-financeiros, ser necessário fazer uma avaliação racional da prescrição médica.



Carlos Nunes, Filomena Neves, Luís Araújo, Ana Maria Quintas e Mário Morais de Almeida.

Associação Portuguesa de Asmáticos - Corpos Sociais 2016-2019:

Direção:
Presidente - Mário Morais de Almeida;
Vice-presidentes - Luís Araújo, Graça Freitas;
Secretário - Carlos Nunes;
Tesoureiro - José Ferreira;
Tesoureiro-adjunto - Paula Russo;
Vogal - Ana Maria Quintas.

Assembleia-Geral:
Presidente - Filomena Neves;
1.º Secretário - Deolinda Monteiro;
2.º Secretário - Miguel Paiva.

Conselho Fiscal:
Presidente - António Cardoso;
Vogais - Maria Fátima Leal; Ana Sofia Monteiro;
Vogais suplentes - Luís Filipe Ferreira, João Almeida Fonseca.




A entrevista completa com Mário Morais de Almeida pode ser lida na edição de abril do Jornal Médico. O presidente da APA desenvolve outros temas, relacionados, nomeadamente, com a promoção de iniciativas que facilitem a que o doente possa ser "uma parte ativa no processo e na partilha de decisão", a defesa dos direitos dos asmáticos junto das autoridades de saúde, a comparticipação para as vacinas antialérgicas, a associação da asma a "muitas outras manifestações alérgica".

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