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Doenças pleurais: CHBV já realizou «mais de 140 toracoscopias semiflexíveis»

São 8h30 da manhã e a equipa do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) – Unidade de Aveiro prepara-se para realizar mais uma toracoscopia semiflexível num homem de 60 anos.



Segundo a diretora daquele Serviço, Alcina Saraiva, “desde 2011, quando iniciámos esta técnica, até dezembro de 2017, já foram realizadas mais de 140 toracoscopias com o toracoscópio semiflexível, sendo o hospital do País com maior experiência nesta técnica”.

“Especializados nesta técnica temos os pneumologistas Gilberto Teixeira e Pedro Ferreira”, indica a médica, em declarações à Just News, lembrando que as equipas que fazem esta intervenção "incluem sempre enfermeiros e auxiliares".

Diminui a necessidade de referenciação cirúrgica

O toracoscópio semiflexível tem vindo a ser cada vez mais usado, existindo trabalhos publicados a nível mundial que mostram conseguirem-se "resultados semelhantes aos obtidos com a toracoscopia clássica", razão que levou o Serviço de Pneumologia do CHBV a adotar a técnica.



“Veio permitir aumentar a sensibilidade e a celeridade diagnóstica nos derrames pleurais de etiologia desconhecida, possibilitando efetuar pleurodeses e diminuir o número de doentes com necessidade de referenciação cirúrgica por derrames pleurais ou pneumotórax recidivante”, explica Alcina Saraiva.

Isto consegue-se “com um bom perfil de segurança e uma baixa taxa de complicações, permitindo, em doentes selecionados, realizar toracoscopias em regime de ambulatório, concedendo a alta no próprio dia, o que ilustra o potencial de custo-efetividade deste exame”.


Conceição Bola (auxiliar), Gilberto Teixeira, Alcina Saraiva, Pedro Ferreira e Helena Rocha (enfermeira)

O derrame pleural, a massa pleural e o pneumotórax são patologias frequentes nos serviços de Pneumologia. Segundo Alcina Saraiva, “o toracoscópio semiflexível é um equipamento de fibra ótica que permite visualizar a cavidade pleural e, através do canal do endoscópio, fazer biópsias e realizar tratamentos com o doente consciente, apenas com sedação ligeira, administrada por via endovenosa”.



Em jeito de conclusão, a diretora do Serviço de Pneumologia do CH Baixo Vouga – Unidade de Aveiro reforça o potencial da técnica: “A toracoscopia médica semiflexível é uma técnica segura, perspetivando-se que, num futuro próximo, se torne um método cada vez mais utilizado, face à toracoscopia médica clássica, que exige anestesia geral.”



A notícia pode ser lida no Hospital Público de setembro.

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