Manuel Delgado defendeu estatuto dos hospitais universitários em sessão do CAML
“Os hospitais universitários são o espaço ideal para associar o desenvolvimento do conhecimento à prática clínica.” As palavras são do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que falou sobre a criação do estatuto destes hospitais na última sessão do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) deste ano letivo, que decorreu na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).
Manuel Delgado referiu que o Governo está a trabalhar no conceito e na definição do modelo organizativo dos hospitais universitários. O responsável frisou que é essencial “evitar conflitos em termos financeiros e de responsabilidades, tendo-se em conta a relação existente, nestes hospitais, entre o ensino, a investigação e a prestação de cuidados”. 
E, nessa lógica, Carlos Martins, presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), relembrou que esta discussão “é fundamental sobretudo para os doentes mais complexos, aqueles que mais vão ganhar com a definição deste estatuto”. 
Fausto Pinto, diretor da FMUL, afirmou que a discussão deve continuar, porque “os hospitais universitários já existem e é preciso esclarecer a ligação entre ensino, investigação e prestação de cuidados”. Uma tríplice que já acontece entre a FMUL, o Instituto de Medicina Molecular (IMM) e o CHLN, que se materializou no CAML. “Na prática, já trabalhamos há alguns anos como hospital universitário, mas é preciso clarificar esta interligação.”
Carlos Martins, Maria do Carmo Fonseca e Fausto Pinto.
A atual presidente do CAML e também do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Maria do Carmo Fonseca, realçou os passos dados no CAML, destacando “o trabalho de qualidade desenvolvido”, apesar da falta de recursos humanos e da sobreposição de tarefas. 

Fausto Pinto com João Lacerda.
A última sessão do CAML contou ainda com a presença do responsável pelas sessões, João Lacerda, e de Margarida Lucas, diretora clínica do CHLN. Procedeu-se ainda à entrega, já habitual todos os anos, no final do ano letivo, dos prémios aos melhores casos clínicos apresentados nas sessões do CAML. As distinções foram entregues por Margarida Lucas.
“A Clínica é o melhor exame”
Neurologia
Mariana Dias e Joana Silva.
“Dois tumores no estômago localmente agressivos”
Anatomia Patológica
Rita Luís.

“Sangue à Flor da Pele”
Medicina I
Filipe Filipe.

“As diferentes faces da anemia”
Gastrenterologia
Joana Carvalho


