Mário Damas Mora relembrou o pai, um dos fundadores da SPAIC, nos 65 anos da Sociedade de Alergologia

Mário Damas Mora tem o nome do pai, um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), que assinalou os seus 65 anos no dia 10 de julho. Com 85 anos, esteve presente na cerimónia e relembrou o seu pai, considerando-o “um grande líder”.

Foi com emoção que se recordou do tempo em que o pai, juntamente com Adelino da Costa Padesca, o primeiro presidente da SPAIC, deu início ao que viria a ser a Sociedade. “Foi uma grande luta que terminou na Sociedade que temos hoje em dia, com muitos sócios, e que tornou a Imunoalergologia numa especialidade reconhecida a nível nacional”, referiu Mário Damas Mora.

Também ele médico e ex-membro de mais que uma Direção da SPAIC, olha para as doenças alérgicas com alguma preocupação, embora considere que ”o aumento de que tanto se fala também se pode dever ao facto de a especialidade ter progredido e de ser mais fácil diagnosticar este problema de saúde que afeta tanto a qualidade de vida das pessoas”.



Mário Damas Mora falou à Just News à margem da exposição comemorativa dos 65 anos da SPAIC, que teve lugar na sede, onde também se convidaram os anteriores presidentes a assinar o quadro com a sua foto e data de mandato.

As comemorações dos 65 anos continuaram depois na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com uma conferência onde se abordaram várias temáticas alusivas à Sociedade e à especialidade.



Na sessão de abertura intervieram Luís Delgado, presidente da SPAIC, e Helena Falcão, presidente do Colégio da Especialidade de Imunoalergologia da Ordem dos Médicos. A responsável alertou para “a falta de imunoalergologistas nos hospitais, que leva estes profissionais a viver muito do apoio de outras especialidades”.

Helena Falcão relembrou ainda que “a Imunoalergologia está subrepresentada nos órgãos de decisão e que é preciso dar a conhecer melhor a sua importância, tanto junto do sistema de saúde como da população”.