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Médico de Família «é fundamental na prevenção do risco cardiovascular»

Estreitar relações entre os cuidados hospitalares e a MGF na área da prevenção cardiovascular é o objetivo das 9.as Jornadas de Prevenção do Risco Cardiovascular para Medicina Familiar, que decorrem nos dias 19 e 20 de junho. A iniciativa, presidida por Pedro Marques da Silva, especialista em Medicina Interna e em Hipertensão Clínica pela Sociedade Europeia de Hipertensão, é um ponto de encontro para “aprender, ensinar e partilhar dúvidas e experiências”.

“A importância do Médico de Família (MF) é fundamental na prevenção do risco cardiovascular, logo também é preciso haver espaços onde os colegas possam atualizar os seus conhecimentos e partilhar experiências”, sublinha Pedro Marques da Silva.

“A doença cardiovascular tem um peso significativo em Portugal, porque continua a ser responsável por um número elevado de mortes e de perda de anos de vida com qualidade. Todos somos poucos para combater este mal e os MF podem fazer toda a diferença”, refere o médico, em declarações à Just News.



As Jornadas surgiram há oito anos e o sucesso é evidente. “Todos os anos temos pessoas que se voltam a inscrever, o que denota que já estão à espera deste encontro, onde podem aprender, ensinar e partilhar dúvidas”, frisa Pedro Marques da Silva. O responsável acrescenta que “a troca de experiências é fundamental entre o hospital e os cuidados de saúde primários, porque é mais fácil lutar, todos juntos, contra um problema que põe em causa a qualidade de vida de muitas pessoas”.

Esta iniciativa tem aumentado o seu significado ao longo dos anos, não só pelos participantes habituais, mas também pelo contacto que se mantém entre os CSP e os médicos que trabalham nos cuidados secundários. “Há muitos colegas de MGF que me telefonam para esclarecer dúvidas e isso é muito importante, pois, só dialogando, sem preconceitos, sem medo de expor as dúvidas, é que se pode melhorar a prestação de cuidados.”

Pedro Marques da Silva refere, ainda: “Não se pense que os MF vão às Jornadas apenas para aprender, vão também para ensinar.” Uma das novidades dos últimos três anos é a existência de um espaço no evento para a apresentação e discussão de casos clínicos, apresentados pelos MF, sobre “Risco cardiovascular global”.

Outro tema a destacar é a hipercolesterolemia familiar, uma área de interesse particular para o nosso entrevistado. “É uma doença claramente subdiagnosticada e subtratada, apesar de em Portugal existirem, por exemplo, mais doentes com esta patologia (sob a forma heterozigótica) do que com infeção por VIH.”

A doença afeta uma pessoa em cada duzentos (ou, classicamente, quinhentos) habitantes. “Apenas conhecemos, possivelmente, 140 famílias. É um problema que implica uma esperança média de vida reduzida e que, na forma heterozigótica, não tratada, pode levar à ocorrência prematura de um enfarte agudo do miocárdio.”

Felizmente, se detetada a tempo, “pode-se ter uma vida normal e ter a mesma esperança média de vida que as outras pessoas”. A temática vai ser abordada por Isabel Gaspar, médica geneticista da Consulta de Genética do Hospital de Egas Moniz, CHLC.

O programa completo pode ser consultado aqui.

Contactos:
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