KRKA

Médicos vão prescrever teste VIH/SIDA à população em geral

Vai ser colocada em prática uma nova norma de orientação clínica que indica que a população em geral, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, devem fazer pelo menos uma vez na vida o teste VIH/SIDA. Segundo o diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, António Diniz, o objetivo é o “diagnóstico precoce e a prevenção do aparecimento de novos casos”.

“Existe uma diferença significativa entre o número de pessoas que se estima estejam infetadas e as que estão diagnosticadas. Além disso, mais de 50% dos diagnósticos são feitos tardiamente”, afirmou à Just News António Diniz, à margem do Congresso Nacional VIH, Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, acrescentando que, se queremos diminuir, drasticamente, no futuro o número de novos casos, é muito importante que se altere esta situação.

Assim sendo, pretende-se que os médicos proponham às pessoas fazer o teste para que conheçam o seu estado. “Só voltarão a repeti-lo se, por acaso, estiveram, a partir daí, colocadas numa situação de potencial risco.”

António Diniz esclareceu que, nas estruturas de saúde, o médico comunica ao utente que vai pedir o teste e explica-lhe tudo aquilo que for necessário. Caso não o queira fazer, a informação será inserida no seu processo clínico.

“Fica registado porque todas as normas de orientação clínica têm um processo de avaliação e é completamente diferente as pessoas não realizarem o teste porque não querem, ou porque não lhes é colocada a possibilidade de o fazerem”, referiu. E continuou: “Isso vai depois definir se temos de insistir mais junto da população, ou da comunidade médica.”

Por outro lado, e no que respeita às populações de risco – sobretudo homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, sem abrigo e utilizadores de drogas por via endovenosa --, António Diniz salientou que continuam a reclamar grande parte dos esforços do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA: “Financiamos projetos, estimulamos a atividade e disponibilizamos testes, com a intervenção de organizações não governamentais, que têm maior capacidade de chegar a essas populações.”

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda