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«Metade dos transplantes renais de dador vivo do país são feitos no CHP»

A área da transplantação é de grande importância no CHP, sendo Centro de Referência de Transplante Renal do Adulto, de Transplante Renal Pediátrico e de Transplante Renopancreático. Por ano, são realizados mais de 100 transplantes renais, segundo Miguel Ramos, responsável pela Unidade de Cirurgia Renal e Transplante do Serviço de Urologia.

Em declarações à Just News, o urologista, que está ligado ao Serviço de Urologia desde o Internato, que iniciou em 1997, afirma que a transplantação renal é uma atividade multidisciplinar, envolvendo, além da Urologia, outras especialidades, como a Nefrologia e a Cirurgia Vascular.

Em Portugal, o Serviço de Urologia do CHP é aquele que mais experiência tem em transplantação renal de dador vivo. Desde 2011 todas as nefrectomias de dador vivo são realizadas por laparoscopia. Por ano, são concretizados, em média, 30 transplantes por esta via, ou seja, cerca de metade do número que é feito no nosso país.

Os urologistas também participam nos transplantes renopancreáticos, sendo realizados naquele centro hospitalar, por ano, cerca de 15. Os restantes são transplantes renais de cadáver.



Questionado sobre as principais evoluções dos últimos anos na área da transplantação renal, Miguel Ramos destaca o surgimento da laparoscopia, que “trouxe grandes benefícios”: “Os rins de dador vivo são colhidos por laparoscopia, o que faz com que a morbilidade seja menor. Os dadores têm melhores resultados estéticos, menor dor, menor tempo de internamento e reiniciam mais facilmente a atividade laboral.”

Os transplantes ABO incompatíveis, também efetuados no CHP, constituíram outra das grandes inovações dos últimos anos. Este tipo de intervenção, que é mais cara por envolver fármacos mais dispendiosos, implica um tratamento prévio do doente a transplantar, mas “os resultados finais têm sido tão bons como noutros domínios”.

O Serviço realiza, desde 2015, transplantes renais cruzados (até ao momento, foram feitos três, um dos quais uma troca entre três pares de várias instituições). Miguel Ramos explica que “há um banco nacional de dadores incompatíveis que podem cruzar com outros dadores e fazer transplantes cruzados”.

Na área dos transplantes renais, o próximo passo do CHP será realizar um transplante cruzado no âmbito da South Alliance of Transplantation, uma aliança dos países do sul da Europa, para permitir os transplantes cruzados entre países, o que se espera que possa acontecer em breve. Na prática, o que aconteceria era que “os pares portugueses seriam cruzados com os pares de Espanha e Itália, o que permitiria aumentar a possibilidade de encontrar pares compatíveis”.



A notícia pode ser lida na última edição do Hospital Público, no âmbito de um Especial Urologia, que envolve uma dezena de profissionais ligados ao Serviço de Urologia do CHP.

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