KRKA

Nesta USF a luta contra a hipertensão inclui a promoção de literacia sobre ervas aromáticas

O objetivo principal é a redução de sal na alimentação, de forma a que, "sem tirar sabor à comida", ocorra uma real mudança de comportamento. "É muito importante darmos a conhecer a forma como especiarias e ervas aromáticas podem ser uma alternativa ao sal", explica a médica de família Cátia Gabriel.


Folhetos a cores expostos na sala de espera da unidade

“A alimentação é a melhor prevenção"

Na USF Almonda, localizada em Torres Novas e coordenada por Pedro Sousa, o Dia Mundial do Médico de Família foi aproveitado este ano para "promover uma alimentação mais saudável e direcionada a vários grupos de risco". Assim, e sob o lema “A alimentação é a melhor prevenção”, foram elaborados "quatro folhetos para distribuição a quatro principais grupos de risco".

Elaborados por Cátia Gabriel, com o apoio do médico interno Cláudio Ferreira, estes folhetos visam ser mais uma ferramenta para toda a equipa na prevenção da saúde e promoção de estilos de vida saudáveis junto dos utentes.

De acordo com a especialista de Medicina Geral e Familiar, "naturalmente que na nossa unidade já prestávamos esclarecimentos genéricos sobre a necessidade de uma alimentação saudável", até porque, conforme sublinha, "a alimentação é dos temas mais importantes na esfera da promoção da saúde". Contudo, este material atualizado e mais direcionado "permite agora um maior foco na promoção da literacia".


Cátia Gabriel a explicar o folheto a um utente hipertenso

Alternativas ao sal

O papel da alimentação na hipertensão é um dos temas abordados nos folhetos, onde se informa que o consumo médio de sal na população adulta portuguesa é de 10,7 g/dia, "muito acima do valor máximo diário recomendado pela OMS (5g/dia)" e que tal está "estreitamente relacionado com a alta prevalência de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares".

No entanto, a mensagem a passar não é apenas a de redução do sal, sendo apresentadas várias alternativas de ervas aromáticas e especiarias, com indicação das suas características e dos seus benefícios. "A cozinha portuguesa é rica em sabores e não necessita de sal em excesso para ser celebrada, pelo contrário!", refere Cátia Gabriel.

Equipa da USF Almonda

Um suporte físico para as indicações não ficarem esquecidas

Além do tema da hipertensão, foram lançados no Dia Mundial do Médico de Família três outros folhetos, com informação e conselhos "muito práticos" sobre o papel da alimentação na diabetes, na infância e na gravidez. 

Estes folhetos foram distribuídos durante o dia 19 de maio durante as consultas de saúde infantil, saúde materna, hipertensão e diabetes, "com o intuito de se tornar uma prática assídua no dia-a-dia da unidade".

De acordo com Cátia Gabriel, "as consultas de vigilância de saúde infantil e de saúde materna são oportunidades para promover uma dieta equilibrada que atenda as necessidades nutricionais dessas fases de vida. A vigilância de hipertensos e diabéticos deve também incluir um momento dedicado à nutrição e ter informação à mão para entregar ao utente, é sempre uma mais valia." 

E quanto ao feedback entretanto recebido? Tem sido positivo e encorajador: "Os utentes a quem temos disponibilizado mais ativamente estes folhetos em consulta mostram-se agradados por ter um suporte físico com as indicações que são abordadas em consulta verbalmente... mas muitas vezes esquecidas."



Entregue nas unidades de saúde familiar (USF) de Portugal, o Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários promove a partilha entre profissionais de boas práticas desenvolvidas no âmbito do SNS.

seg.
ter.
qua.
qui.
sex.
sáb.
dom.

Digite o termo que deseja pesquisar no campo abaixo:

Eventos do dia 24/12/2017:

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda